Você sabe o que é um Os Tuk Tuk? Não? E um autorriquixá, também não? Esses são os nomes mais conhecidos para esse meio de transporte que é bastante utilizado no sul e no sudeste da Ásia e em alguns países europeus, como é o caso de Portugal. Eles agora estão desenbarcando em algumas cidades do interior do Ceará. A ideia um tanto curiosa, mas vista como oportunidade de mercado, é de um grupo de sócios da empresa genuinamente cearense LocaTuk.
Com um investimento de cerca de R$ 250 mil reais, quatro cidades no Interior do Ceará deverão receber um novo serviço de transporte a partir da segunda quinzena de setembro. Itapipoca, Quixadá, Santa Quitéria e Boa Viagem foram os municípios escolhidos para o início das operações da LocaTuk.
O triciclo pode transportar até três passageiros, preferencialmente dois adultos e uma criança, além do motorista, suportando um peso de até 300 quilos e são totalmente elétricos. As baterias recarregáveis precisam de três horas para ter a carga completa e podem ser acopladas em uma tomada simples, o que garante um trajeto de até 80 quilômetros.
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Além disso, “Não emitem poluição, são de baixo custo, não fazem barulho e são seguros, já que têm cintos de segurança. Trafegam a uma velocidade de 40 quilômetros por hora. A manutenção é muito fácil de fazer”, explica o empresário.
A expectativa é levar os serviços a todo o País nos próximos anos. Trazidos direto da China, os Tuk Tuks deverão ser usados em trajetos mais curtos e oferecer um serviço mas barato às pessoas das regiões onde há operação. Segundo um dos sócios, Miguel Andrade, uma viagem de cerca de dois quilômetros deverá ter o preço de R$ 5.
“Nós decidimos começar pelo interior do Ceará para fazer o teste do modelo de negócios. Mas em relação à expansão, nós planejamos continuar chegando em mais cidades no interior para, depois, mais na frente, chegarmos nas capitais”, revelou Miguel.
Andrade também comentou que, nas cidades grandes, os Tuk Tuks deverão operar em um modelo mais restrito, buscando atender às movimentações dentro de um mesmo bairro. “A ideia é que as operações sejam no mesmo bairro. Não achamos que a pessoa vai pegar um Tuk Tuk da Aldeota para a Parangaba. Como o Tuk Tuk é todo aberto, nas cidades grandes, isso poderia não ser tão seguro. Após os testes nas cidades do interior, a ideia é trazer um número maior de veículos, todos importados da China”, disse.
O projeto da LocaTuk contará, inicialmente, com 12 veículos que serão distribuídos de forma igual para as quatro cidades iniciais do projeto. Ou seja, cada cidade terá três Tuk Tuks disponíveis. “É um veículo limpo que não agride o ambiente, além de promover mobilidade urbana em cidades que não têm transporte público a preços baixos”, disse.
Aluguel do tuk-tuk e aplicativo de corridas
A LocaTuk é uma espécie de “locadora” dos triciclos. Nesse sentido, mototaxistas das cidades escolhidas poderão se credenciar para rodar com os veículos nos municípios.
Os pilotos selecionados pagarão um aluguel mensal (em formato de leasing) no valor de R$ 400, incluindo um seguro para o caso de danos e acidentes.
O leasing se encerra após 36 meses, quando os mototaxistas poderão optar em ficar com o triciclo, como proprietários, pagando um residual em torno de R$ 3.500 ou devolver o tuk-tuk e alugar um equipamento novo e mais moderno.
Para pilotar, é necessário Carteira Nacional de Habilitação (CNH) “A”. O veículo é autorizado pelo Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) e pode ser emplacado normalmente no Detran.
Não acaba por aí: também foi lançado um aplicativo batizado de Tuker. A estimativa é que um percurso médio de até dois quilômetros tenha um custo de no máximo R$ 5 para os usuários. “Esse valor já inclui todos os impostos municipais”, adianta o empresário.
A cada corrida, o App Tuker cobra uma taxa de até 25% de comissão pela intermediação dos serviços de transporte.
Fortaleza na mira
Fortaleza também está dentro dos planos da LocaTuk. No entanto, é preciso dialogar antes com a Prefeitura.