Durante o mês de julho, foram investidos US$ 484,4 milhões (aproximadamente R$ 2,5 bilhões) em startups brasileiras, segundo mostra o relatório mensal Inside Venture Capital Report, do Distrito.
O montante, resultado da soma de 44 rodadas, é quatro vezes maior se comparado ao mesmo período do ano passado que, apesar de contabilizar mais rodadas (56), arrecadou apenas US$ 102,1 milhões – pouco mais de R$ 530 milhões, na conversão atual.
O documento mostra, ainda, que se considerarmos os sete meses do ano, os valores alcançaram US$ 5,6 bilhões em 412 rodadas de investimento, o que já representa 161,4% do total investido em 2020.
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Entre as maiores rodadas estão os US$ 170 milhões captados pela startup de delivery Daki, em uma rodada da series A; US$ 58,6 milhões captados pela Blu, fintech focada para auxiliar varejistas nos relacionamentos com fornecedores, em uma series B e; US$ 49,3 milhões pelo banco digital Will.Bank, também em uma series B.
No geral, as fintechs foram responsáveis pelo levantamento da maior fatia, com US$ 2,6 bilhões (aproximadamente R$ 13,5 bilhões) em 93 acordos, seguidas pelas startups de real estate (US$ 851,4 milhões em 14 acordos), retailtechs (US$ 607,9 milhões em 46acordos), supply chain (US$ 262,9 milhões em 17acordos) e edtechs (US$ 237,7 milhões em 32acordos).
“Esse número mostra um crescimento consistente das startups no Brasil. Definitivamente, o país faz parte do mapa global das empresas de tecnologia”, diz Gustavo Gierun, cofundador do Distrito. “Observamos também um movimento de intensificação na disputa pelo mercado de e-commerce e entrega rápida.”
O relatório também identificou o crescimento entre fusões e aquisições nas startups brasileiras, que entre janeiro e junho acumularam 134 transações.
O destaque ficou para as compras da Minuto Seguros e Volanty pela Creditas, que anunciou recentemente a aquisição da plataforma digital de compra e venda de veículos seminovos; Credpago, que foi adquirida pela Loft; Repassa, adquirida pelas Lojas Renner; e Guiabolso, comprado pelo PicPay.
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“O ecossistema de inovação cresce a uma velocidade surpreendente, atraindo o olhar das grandes corporações. É de se esperar que essas transações continuem a crescer, ao passo que empresas se abrem para a inovação. Além disso, muitas vezes, essas aquisições têm objetivos estratégicos, seja para a ampliar e otimizar o escopo de atuação ou mesmo para entrar em um novo mercado”, disse Gierun.
Lideram entre os setores mais procurados em fusões e aquisições as fintechs (25), retailtechs (22) e martechs (17). Para fins de comparação, no ano de 2020 as transações totalizaram 163 operações financeiras ao longo dos 12 meses.