A segunda fase do open banking está começando. A partir desta sexta-feira (13), será possível compartilhar dados de clientes entre instituição financeiras diferentes, o que tende a facilitar o acesso a produtos oferecidos pelas empresas. Mas as informações só serão repassadas de uma plataforma para outra com a permissão do consumidor.
A nova etapa segue a regulamentação do sistema anunciada em meados do ano passado. Com ela, as instituições participantes podem dar início ao compartilhamento de dados de clientes e representantes. “É nesta segunda fase de implementação que se iniciará uma interação mais direta com o cliente final”, afirmou Isaac Sidney, presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), nesta terça-feira (10).
O compartilhamento de dados habilitará a partilha de informações de cadastro, como nome, CPF e renda, e de movimentações financeiras. Mas estes dados não serão encaminhados sem o conhecimento do usuário e muito menos sem a sua autorização. Para que aconteça, é preciso que o cliente dê o consentimento às plataformas.
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Segundo a Febraban, a segunda etapa entrará em vigor de “maneira escalonada”. Espera-se que “ocorra o aumento gradativo de troca de informações” para “garantir que o processo seja feito da maneira mais segura e eficiente possível”. Confira o cronograma informado pela Federação Brasileira de Bancos a seguir:
- Entre 13/08 e 12/09: “as instituições poderão iniciar as trocas de informações cadastrais dos clientes, como endereço, renda e dados pessoais”;
- Entre 13/09 e 26/09: “terá início a troca de informações relacionadas a contas de movimentação”;
- Entre 27/09 e 10/10: “poderão ser trocadas informações de operações de crédito e de cartões de crédito”;
- A partir de 11/10: “todas as APIs estarão em funcionamento 24 horas por dia, 7 dias por semana”.
Open banking: implementação deve ser concluída em 2022
O open banking é um novo sistema que chega com a promessa de descentralizar as informações financeiras, reduzir a burocracia e incentivar a competitividade entre as empresas. A proposta tem como objetivo dar mais liberdade aos clientes das instituições participantes. Além disso, espera-se que a solução facilite o acesso à oferta de serviços bancários, como cartões de crédito, empréstimos, investimentos e afins.
A regulamentação do sistema foi anunciada em maio de 2020. Na época, o Banco Central e o Conselho Monetário Nacional (CMN) informaram que a implementação ocorreria em quatro etapas. A primeira delas, que previa a distribuição de informações sobre produtos, serviços e canais de atendimento oferecidos pelas instituições participantes, foi iniciada em fevereiro de 2021.
A segunda fase deu a largada nesta sexta-feira (13) depois de ser adiada em julho. Neste momento, acontecerá o início da troca de informações, desde que o consumidor dê o consentimento. A terceira etapa, prevista para 30 de agosto, prevê o oferecimento de propostas de crédito e serviços de pagamento fora do ecossistema bancário tradicional.
A quarta fase, que será iniciada em 15 de dezembro, contempla o último período de implementação. É neste estágio que dar-se-á o início à inclusão de serviços, como investimentos, operações de câmbio, previdência complementar aberta e seguros. A expectativa é que a implementação completa do open banking só aconteça em 2022.
Com informações: Agência Brasil e Febraban