Por Alexey Beliy, CEO da Albato
Atualmente, o Brasil é um dos mercados que mais cresce em termos de digitalização de negócios, e a pandemia se tornou o ponto central para acelerar essa transformação. Em muitos países, essa tendência tornou-se sustentável, já o Brasil está em seus estágios iniciais e deve crescer nos próximos anos.
A presença de produtos locais é essencial para o Brasil e, portanto, é mais desafiador para produtos globais entrarem neste mercado. Dentre esses produtos, as plataformas no-code têm ganhado popularidade, uma vez que as empresas estão tendo que lidar cada vez mais com rápidas mudanças do mercado, além de um fornecimento limitado de desenvolvedores de software. Ao mesmo tempo, pensando na ascensão de plataformas no-code no Brasil, ainda existem muito poucos players locais se comparado à demanda exigida no país.
Segundo dados da Associação Brasileira das Empresas de Software (Abes), atualmente, o Brasil é o 10º maior mercado do mundo no setor. Quando comparado a outros países da América Latina é o líder e responde por 40% do total. Essas informações mostram a força do país neste mercado, e faz com que aqui na Albato reconheçamos o enorme potencial de desenvolvimento deste tipo de ferramenta em terras brasileiras.
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As plataformas no-code certamente permitirão reduzir significativamente o limiar de entrada na indústria digital. Agora, qualquer especialista digital pode fazer o que apenas um programador poderia fazer antes, fazendo um curso semanal sobre ferramentas, por exemplo, na escola on-line EBAC, Escola Britânica de Artes Criativas e Tecnologia, com a qual desenvolvemos um curso sobre ciência de dados sem código.
Essa movimentação no mercado certamente terá um efeito positivo em toda a indústria, pois haverá mais especialistas com competência para resolver problemas complexos utilizando menos tempo e dinheiro. Importante lembrar que o no-code é um termo amplo, que cobre várias áreas de desenvolvimento: sites, desenvolvimento de aplicativos, automação de aplicativos, aplicativos da web etc.
Olhando para o futuro, é possível prever que em cinco anos, um terço do mercado digital mudará para o no-code, tendo a maioria dos processos de desenvolvimento repetitivos indo cada vez mais para esse caminho. O Brasil está agora no início desse desenvolvimento, e há muito potencial nessa direção: em poucos anos essa tendência se tornará uma das principais do mercado digital.
Ainda assim, a escassez de mão de obra no país é uma realidade. Pesquisa realizada pela Softex, organização social voltada ao fomento da área de Tecnologia da Informação, aponta que o setor enfrenta um grande déficit de profissionais qualificados, com uma escassez que deve alcançar mais de 408 mil postos de trabalho até 2022, isso quando observamos somente o Brasil.
Diante deste cenário, o perfil dos profissionais também deve mudar com a chegada destas novas tecnologias, sendo que há uma clara distinção entre eles. Enquanto os programadores atuam com desenvolvimentos customizados complexos e soluções técnicas que requerem certas especificidades, como carga, armazenamento de dados, customização, também é necessária uma especialização e conhecimento profundo.
Já o Low-code é um ponto médio entre o desenvolvimento e o no-code, onde é possível usar elementos de template prontos e código de programa para customização. Nesse caso, é necessário um nível inicial de experiência em programação.
Por fim, o no-code é uma interface totalmente pronta e funciona com elementos de programação repetitivos. Além disso, não requer uma compreensão e exame do código, mas ainda há uma necessidade de compreensão dos princípios de operação on-line/internet e processos de negócios, ou seja, é um conhecimento exclusivamente de nicho.
O no-code não é mais uma hipótese, mas sim uma nova realidade. Quem se especializar em plataformas sem código agora terá uma vantagem amanhã. Este é um novo mundo que ajudará o mercado a dar passos cada vez mais largos.