Áreas como saúde, educação e governo foram as mais visadas pelos cibercriminosos. No mundo, mais de 40 bilhões de registros foram expostos.
O Brasil registrou cerca de 815 milhões de dados vazados por cibercriminosos na internet em 2021. Os dados são da empresa de segurança Tenable, que alertou também para 40,4 bilhões de registros vazados. Especialistas apontam que o crescimento da indústria do cibercrime e a ainda a corrente adaptação das companhias a regimes híbridos ou de home office podem ter sido fatores que facilitam os ataques.
“Apesar dos contratos híbridos já serem uma realidade nas empresas há mais de um ano, a adaptação ainda é delicada.”, diz Alberto Jorge, CEO da Trust Control. “Mesmo que a empresa invista em segurança nas máquinas dentro das suas sedes corporativas, qualquer dispositivo usado por seus colaboradores pode servir de porta de entrada para um ataque de um cibercriminoso”.
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Os dados apontam que, no mundo, os setores que foram mais afetados foram a saúde (24,7%), educação (12,9%) e governo (10,8%). No Brasil, o poder público liderou esse ranking, com 29,8% de incidentes registrados, seguido pelo setor financeiro (27%). As falhas de segurança em sistemas internos, a dependência de provedores de serviços gerenciados e a transição para a nuvem são os aspectos que mais motivaram tais incidentes. A pesquisa ainda alerta que esses setores devem continuar sendo os mais visados em 2022.
“As empresas precisam considerar que cibersegurança é um investimento principalmente para a reputação do negócio junto ao cliente. Procurar ampliar investimento após sofrer um ataque é parecido com quem instala um sistema de segurança em casa após ela ter sido roubada. Resgatar a sensação de confiança é muito mais difícil do que conquistá-la”, comenta Alberto.
Crescem os ataques, cai a confiança
Corroborando o discurso de Jorge, uma outra pesquisa da PSafe revelou que a confiança dos clientes/usuários de empresas que já sofreram ciberataque ou vazamento de dados cai drasticamente.
O estudo apontou que 73,2% dos pesquisados não voltariam a fazer negócio com uma empresa caso ela tenha sofrido um vazamento de dados. Outros 22,81% responderam que só seriam clientes destas empresas caso não tivessem outra opção e apenas 3,99% responderam que voltariam a fazer negócio com estas companhias.
O levantamento revelou ainda que 74,01% das pessoas se sentem mais seguras em se cadastrar ou tornar-se cliente de empresas que garantam a proteção de dados. Do percentual que revelou ter ciência do vazamento de seus dados, 39,10% revelou ter descoberto com a tentativa de golpes, outros 20,86% receberam notificação da própria empresa e 19,17% foram avisados ao realizar um login.
“A orientação para as empresas hoje é serem o máximo transparentes com seus clientes em caso de vazamento de dados. Um comunicado direto, com orientações para mudança de senhas é o primeiro passo”, orienta Alberto.