A Wework entrou com pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos, apresentando uma desvalorização de 99% frente à sua máxima histórica, avaliada hoje em USD 44 milhões. Com uma dívida de mais de USD 13 bilhões, tornou-se símbolo da derrocada da corrida dos unicórnios.
Esta ocorrência, porém, colocou em cheque toda uma indústria de inovação, composta por empreendedores, startups e investidores sérios e que são fomentadores da construção de um mundo melhor.
Por isso, achei importante trazer este artigo para mostrar que o mundo das startups e do venture capital não é formado por um bando de malucos e sim por gente muito séria e que trabalha de sol a sol para cumprir o seu propósito.
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Startups são essenciais para oxigenação do mercado
Não fosse a inovação ainda estaríamos nos deslocando a cavalo, segurando lampiões a querosene.
Grandes corporações têm dificuldade em criar inovação dentro de casa, afinal, manter uma grande estrutura não é tarefa simples e a cultura de aversão ao risco é um enorme obstáculo para novas ideias.
Não por acaso, a aceleração da inovação em grandes grupos tem acontecido principalmente pelos canais de Open Innovation, que buscam estabelecer parcerias com empresas ágeis e inovadoras de mercado.
As próprias spin-offs têm sido substituídas pelos modelos Corporate Venture Builder, operadas por grupos especializados na construção de novas operações, mantendo independência da nave mãe, ainda assim alinhando seus interesses.
Desta forma, não podemos associar startups à pura especulação, precisamos, sim, criar condições para que elas cresçam num ambiente saudável e propício de negócios.
O papel do venture capital
Não, não são shark tanks. Também não são apostadores.
O papel do venture capital é fomentar negócios promissores quando ainda estão em fases preliminares, motivo pelo qual o valuation aplicado pode não fazer muito sentido quando comparado aos métodos de valuation tradicionais.
Seria como comparar um raríssimo Fusca Split Window, de mais de R$2 milhões de reais com um Hyundai HB20, usando os parâmetros de potência, acessórios e desempenho. Por algum motivo, o Fusca vale bem mais e a lógica é a mesma de uma startup.
Quando bem aplicado, o venture capital é capaz de gerar grandes retornos aos investidores, mas não só isso, propiciar geração de valor à sociedade por meio do apoio a negócios escaláveis, eficientes e inovadores.
Não por acaso, países com alto nível de desenvolvimento tecnológico têm forte presença de investimento de risco, embora a linha entre oportunidade e loucura seja tênue.
O sujo falando do mal lavado
Feitos os esclarecimentos, não posso deixar de citar as falas preconceituosas que ecoaram sobretudo no Linkedin, com comentários jocosos até referentes ao “dresscode” dos startupeiros – clássica combinação camisa preta + jeans.
É óbvio que tivemos diversas baixas nas áreas de inovação, muitos por conta da imprudência e outras, claramente, por má índole de empreendedores e até mesmo investidores que perderam a mão.
No entanto, não podemos deixar de citar que os maiores escândalos econômicos dos últimos tempos foram protagonizados por marcas tradicionais da dita economia real e por capitalistas com bastante quilometragem e representatividade na velha escola.
Não seria melhor se deixássemos a richa Venture Capital x Private Equity, Economia Real x Startups e colocássemos energia em construir negócios, gerar valor e, claro, colocar dinheiro – honesto – no bolso?
Um abraço limpo e felicidades