“O relato da minha morte foi um exagero.” Mark Twain
Quem achava que a Google ia apanhar deitada na corrida pela hegemonia da IA, recebeu uma surpresa hoje.
A Google, gigante da tecnologia, mostrou suas cartas na batalha da inteligência artificial durante seu recente evento, Google Cloud Next. O recado foi alto e claro: os agentes de IA estão chegando para ficar e transformar cada aspecto de nossas vidas digitais.
Do atendimento ao cliente à criação de conteúdo, da análise de dados à cibersegurança, a Google está apostando todas as suas fichas que os agentes de IA serão os MVPs (jogadores mais valiosos) da nova era digital. O Vertex AI Agent Builder, por exemplo, permite às empresas criar agentes de atendimento ao cliente altamente eficientes, capazes de conduzir conversas naturais, acessar informações internas e vasculhar a web inteira. É como ter um exército de especialistas em atendimento ao cliente trabalhando 24 horas por dia, 7 dias por semana, sem precisar de café ou FGTS.
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Mas a visão da Google vai além do subvalorizado ramo de atendimento ao cliente. Com o Gemini for Workspace, a empresa promete revolucionar a forma como trabalhamos, ajudando os funcionários a serem mais produtivos e a realizar tarefas complexas rotineiras com ferramentas de IA embedadas no Gmail, Docs, Sheets e demais produtos cloud. Imagine ter um assistente pessoal alimentado por IA, pronto para analisar documentos extensos, responder a e-mails e até mesmo participar de reuniões em seu nome.
É como ter um clone de si mesmo no trabalho, mas sem as implicações éticas assustadoras.
E não para por aí. A Google também revelou o Google Vids, um aplicativo de criação de vídeo alimentado por IA que promete transformar todos nós em diretores de cinema de Hollywood. Com apenas alguns cliques, você poderá criar vídeos deslumbrantes, completos com efeitos especiais e trilha sonora. É como ter um estúdio de produção de milhões de dólares no bolso. Como um veterano da indústria de cinema com 12 anos em Hollywood, sei bem o quanto essa ferramenta é transformadora.
No entanto, em meio a todo esse entusiasmo, não podemos ignorar o proverbial elefante na sala: estamos preparados para essa revolução dos agentes de IA?
Como bem disse Elon Musk, “Estou realmente muito perto da vanguarda da IA e ela me assusta muito”. Embora ele possa ser conhecido por suas declarações bombásticas, não é proveitoso ignorar as potenciais repercussões de confiar à agentes de IA cada vez mais sofisticados com tarefas críticas.
Veja bem, a IA está se tornando mais inteligente a cada dia. O modelo Gemini da Google, por exemplo, ostenta uma janela de contexto de 1 milhão de tokens (podendo chegar a 10 milhões) e é capaz de raciocinar, aprender e tomar decisões. A título de comparação, o ChatGP4 Turbo, modelo mais avançado da OpenAI tem meros 128.000 tokens.
O que acontece quando esses agentes de IA se tornarem mais inteligentes do que nós?
Como disse Ilya Sutskever, Diretor Científico da OpenAI, “Se você valoriza a inteligência acima de todas as outras qualidades humanas, vai passar por maus bocados.”
Enquanto a Google e outras gigantes da tecnologia continuam a avançar a fronteira da inovação em IA, cabe a nós, como sociedade, garantir que não nos deixemos levar pelo brilho e glamour dessas novas tecnologias de olhos fechados.
Precisamos ter conversas francas sobre as implicações éticas, sociais e econômicas dessa revolução dos agentes de IA e trabalhar juntos para desenvolver estruturas que nos permitam colher os benefícios, ao mesmo tempo em que mitigamos os riscos.
So What?
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A Google está investindo pesado em agentes de IA em várias frentes, desde atendimento ao cliente até criação de conteúdo, com o objetivo de transformar como trabalhamos e interagimos com a tecnologia.
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Os agentes de IA prometem eficiência, produtividade mas também levantam preocupações profundas sobre as implicações de confiar tarefas críticas a sistemas de IA cada vez mais autônomos.
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É preciso ir além do hype e ter discussões sérias e interdisciplinares sobre como desenvolver e implantar esses sistemas de maneira responsável e ética, se queremos estar preparados para a revolução dos agentes de IA.
A corrida pela dominância global através da inteligência artificial está só começando. Toda semana um novo player entra no campo de batalha com uma inovação nunca antes vista. Ainda é muito cedo para colocar suas apostas… e muito tarde pra estar alheio aos avanços neste revolução sem precedentes.
A Google era a grande favorita há três anos atrás e passou a ser o azarão. Com as notícias de hoje volta a disputar a liderança com a OpenAI e a Anthropic.
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