A Disney identificou o uso excessivo de telefones por visitantes como um fator que interrompe a experiência imersiva nos parques temáticos, quebrando o “feitiço” das interações com familiares e amigos. Para mitigar isso sem proibir dispositivos, a empresa explora óculos inteligentes Ray-Ban, desenvolvidos em parceria com a Meta, que integram inteligência artificial para fornecer orientação por voz e áudio. A iniciativa visa manter os visitantes conectados a informações sem desviar o olhar do ambiente, embora ainda não haja data para implementação.
Problema identificado nos parques
Bruce Vaughn, presidente da Walt Disney Imagineering, descreveu como o hábito de consultar telefones afeta a magia dos parques. “Você está lá com amigos, familiares e pessoas de quem você gosta, e toda vez que você precisa olhar para um dispositivo ou telefone, isso quebra esse feitiço”, afirmou ele em vídeo no YouTube. A distração com telas impede a vivência plena do ambiente e das experiências compartilhadas que definem os parques há gerações.
A empresa vê isso como uma ameaça silenciosa à essência dos parques, onde visitantes priorizam dispositivos em detrimento das interações presenciais.
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Solução com óculos inteligentes
Os óculos Ray-Ban, equipados com câmeras, microfones, alto-falantes e IA da Meta, custam entre US$ 379 e US$ 800, ou de R$ 3.299 a R$ 3.759 no Brasil. Eles permitem que hóspedes guardem os telefones no bolso e recebam assistência por voz, como um guia virtual nos ouvidos. Em vez de navegar em apps ou mapas, os usuários podem perguntar sobre elementos ao redor, como detalhes arquitetônicos ou produtos de mercadoria, e obter respostas imediatas.
Vaughn destacou que a tecnologia substitui a verificação de telas por interações áudio, revelando informações diretamente no ouvido. Asa Kalama, executivo de criatividade e interatividade da Disney, complementou que os óculos “podem elevar as maneiras como as histórias são contadas, desbloqueando informações sobre o mundo em que os visitantes estão”.
Parceria com a Meta e testes
A Disney firmou uma parceria com a Meta para testar os óculos Ray-Ban tanto em aplicações para visitantes quanto para designers nos bastidores. “Temos uma parceria realmente excelente com a Meta para usar seus óculos inteligentes Ray-Ban tanto para aplicações voltadas para convidados quanto para aplicações de design nos bastidores”, confirmou Vaughn em declarações publicadas em artigo sobre óculos nos parques da Disney. Representantes da Disney informaram ao New York Post que a empresa explora continuamente novas tecnologias para os fãs, incluindo esse dispositivo.
Além disso, os óculos funcionariam como um guia pessoal, respondendo perguntas sobre brinquedos, produtos ou arquitetura com vozes de personagens do universo Disney.
Em seguida, a iniciativa visa esconder a tecnologia para torná-la menos intrusiva. “Se você pudesse usar a realidade aumentada, eu não pararia de olhar para o meio ambiente”, explicou Vaughn, argumentando que isso potencializa experiências compartilhadas sem perturbar as interações.
Reações dos fãs
A proposta gerou críticas entre entusiastas da Disney, que questionam sua viabilidade prática e o custo elevado. Um usuário comentou que o valor de US$ 379 a US$ 800 limita a adoção familiar, deixando muitos sem o dispositivo. Outro ironizou: “Se os executivos da Disney pensam que uma família comum vai investir em óculos para todo mundo curtir os parques, eles estão usando drogas”.
Fãs também expressaram preocupação com o aumento da imersão tecnológica, em vez de reduzi-la. “Nós não podemos apenas aproveitar as vistas e sons naturais do parque sem o programa da Disney nos dizer o tempo todo o que fazer e onde ir?”, questionou uma internauta no X. Críticos veem o plano como novidade de curto prazo, com aplicações limitadas e pouco rentável para itens caros que podem acumular poeira.
Ausência de cronograma
Representantes da Disney reiteraram que não há data definida para introduzir os óculos com IA nos parques. A empresa continua explorando e desenvolvendo tecnologias para aprimorar as experiências dos visitantes, mas sem prazos específicos divulgados. Vaughn enfatizou que a realidade aumentada, via óculos, capacitará interações mais fluidas, contrastando com as visões céticas dos fãs.

































