Usar o celular durante uma reunião de trabalho é uma prática não é bem vista por muitos parceiros de negócios e colegas de trabalho. Esse mal-estar se torna público quando um político se distraí durante sessões parlamentares ou outras atividades de seu expediente para usar seu dispositivo. Um cidadão belga, insatisfeito com o tempo de tela de seus representantes, criou um bot para detectar quais políticos estão distraídos no celular — e chama a atenção deles nas redes sociais.
Sessões do parlamento da Região Flamenga, província da Bélgica, têm sido monitoradas por um bot que usa ferramentas de reconhecimento facial para detectar políticos que passam tempo demais no celular. Essas audiências são públicas e podem ser acompanhadas por um canal no YouTube, bem como é possível sintonizar ao que acontece no Senado ou na Câmara por lives.
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A nova forma de vigilância foi elaborada pelo artista e fotógrafo belga Dris Drepoorter, que implementou IA para observar deputados durante os encontros. Mesmo quando não há transmissões ao vivo do parlamento, o robô aperfeiçoa o mecanismo de identificação de rostos e celulares.
O projeto de Drepoorter foi criado quase 2 anos depois de o Presidente-Ministro da província de Flandres, na Bélgica, ter atiçado a opinião pública ao jogar Angry Birds 2 em seu celular no meio da discussão legislativa.
Artista criou software de bot usando Python
O software da IA é escrito em Python e usa machine learning para realizar o reconhecimento facial — ele começou a operar no dia 5 de julho. Quando um político é identificado, ele é marcado nas contas do projeto, chamado Flemish Scrollers, no Twitter e no Instagram.
Alguns seguidores apontaram nas redes que é delicado apontar que políticos estejam distraídos partindo da premissa de que estão jogando Angry Birds 2, por exemplo. Por vezes, o motivo pode ser urgente: uma ligação que precisa ser atendida, uma mensagem que não pode ser deixada de lado.
Enquanto o bot analisa por quanto tempo os políticos belgas permanecem no celular, é necessário ressaltar que o projeto foi desenvolvido por um usuário, que utilizou programação para monitorar representantes públicos. É de se imaginar que esse tipo de participação civil, com o uso de tecnologia e software, seja cada vez mais comum daqui para frente.
Com informações: Mashable