Com um conceito que pode ser descrito como um “podcast in live”, o Clubhouse tem dominado as notícias relacionadas às redes sociais nos últimos dias. Apenas no Google, as buscas relacionadas ao aplicativo tiveram um aumento superior a 500% no período de uma semana.
Mas, afinal, o que explica todo esse sucesso repentino? Certamente não é o fato de o aplicativo ser baseado em conversas/interações via áudio. Até porque, isso também é viável em outras redes sociais e aplicativos de mensagens, como Instagram, WhatsApp e Telegram.
Na verdade, a explicação para o sucesso do Clubhouse parece estar muito associada aos gatilhos mentais que envolvem o aplicativo. Sendo que, para compreender isso, é necessário conhecer a dinâmica de uso dessa rede social.
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A dinâmica de uso do Clubhouse
Em relação à estrutura de uso, o Clubhouse é uma rede social baseada em salas de bate-papo em áudio. Sendo que há o limite de 5 mil participantes em cada chat ao mesmo tempo.
Veja aqui outros detalhes sobre como funciona a nova rede social!
Contudo, a estrutura do aplicativo e o formato das interações, como dito anteriormente, não apresentam grandes novidades.
O que realmente faz o Clubhouse se diferenciar é a “dinâmica” necessária para a sua utilização. Isso porque, na prática, existem duas condições básicas para se tornar um usuário:
- Possuir um aparelho Apple; e
- Receber um convite.
Em relação à primeira condição, é importante destacar que os desenvolvedores do aplicativo já sinalizaram a intenção de que o Clubhouse tenha, em breve, uma versão para Android.
Já no que se refere à necessidade de ser convidado, talvez não faça muito sentido mudar isso, pelo menos por enquanto (embora haja a promessa de os convites serem dispensados em breve).
Vale lembrar que essa estratégia não é nada nova, pois já foi utilizada por plataformas como:
- Orkut;
- Gmail; e
- Facebook (no início de suas operações).
Entretanto, esse “conceito” parece realmente ser de grande relevância para o sucesso do Clubhouse.
Os gatilhos associados ao sucesso do Clubhouse
Curiosidade e Exclusividade: esses parecem ser dois gatilhos mentais de grande valor na obtenção de sucesso pelo Clubhouse. Por isso, vale a pena analisarmos a relevância de cada um deles na ascensão da nova rede social.
Curiosidade
A curiosidade é um gatilho mental extremamente eficiente em se tratando de inspirar o ser humano a agir. E esse talvez seja o principal motivo pelo qual tanta gente tem se interessado pelo Clubhouse.
Basta uma pesquisa rápida na internet para o “postulante a usuário” saber todos os detalhes sobre como o aplicativo funciona. Porém, diferentemente de redes sociais como o Instagram e o Facebook, é impossível saber o que está acontecendo lá dentro antes de criar uma conta. Assim, é natural que as pessoas fiquem curiosas para saber coisas como:
- Sobre quais assuntos os usuários estão conversando;
- Quem está participando dos chats sobre os seus temas favoritos; e
- O que está sendo debatido sobre aquele assunto que virou a notícia do dia.
Isso, naturalmente, impele as pessoas a tentarem buscar maneiras, no caso, receber um convite, para entrar na rede social.
Exclusividade
Você certamente sabe que as redes sociais de pessoas famosas são, na maioria das vezes, atualizadas por colaboradores. Além disso, pelo fato de elas possuírem milhões de seguidores e contas públicas, todo mundo fica sabendo o que as celebridades estão dizendo.
Já no caso do Clubhouse, há o conceito de exclusividade. E esse é outro gatilho mental muito poderoso, afinal, saber que “obterá” algo que não está acessível a qualquer pessoa mexe com o ego humano e gera o desejo de conseguir aquilo.
Imagine, por exemplo, estar em uma sala do aplicativo ouvindo conselhos e dicas do Elon Musk, CEO da SpaceX e da Tesla, que já participou de várias conversas no Clubhouse. Da mesma forma, muitas celebridades e influenciadores de diversas áreas estão presentes no aplicativo.
E o “acesso exclusivo” a essas pessoas e aos conteúdos que elas compartilham é uma característica que leva muita gente a ter interesse em participar da nova rede social.
FOMO
Apesar de não ser um gatilho mental, o efeito “FOMO” – Fear of Missing Out (medo de ficar de fora) é “trabalhado” com maestria pelo aplicativo.
O FOMO é uma espécie de “ansiedade social” resultante do fato de o indivíduo acreditar que outras pessoas podem fazer coisas mais interessantes do que aquelas que ele está fazendo. De acordo com especialistas, é o desejo de permanecer constantemente conectado com o que os outros estão fazendo.
E esse comportamento é bastante perceptível em se tratando da maneira como muitas pessoas estão demonstrando uma espécie de necessidade de utilizar o Clubhouse.
Conclusão
Obviamente, apenas o tempo nos dirá se o sucesso do Clubhouse será permanente ou se o aplicativo está apenas passando pelos seus “15 minutos de fama”. De qualquer forma, o que está acontecendo deixa claro que as ferramentas tecnológicas voltadas à interação ainda podem evoluir muito. E explorar certos gatilhos mentais parece ser crucial nesse sentido.
Você enxerga alguma razão específica para o sucesso do Clubhouse? Se sim, qual seria?