Desenvolvido em Blockchain, ecossistema da Culte acaba de lançar cripto própria – a Cultecoin – com o objetivo promover crescimento econômico inclusivo, sustentável e livre de intermediários
O sonho de criar uma empresa voltada para apoiar agricultores familiares sempre moveu o casal Bianca Ticiana e Cláudio Rugeri. Quando eles se conheceram, há 21 anos, adquiriram juntos uma fazenda no Estado do Maranhão, onde moravam. E perceberam que alguns de seus vizinhos tinham grandes extensões de terra, mas não produziam absolutamente nada.
“Isso nos chamou a atenção e nos fez questionar os motivos. Descobrimos então que essas pessoas não conseguiam nenhum tipo de financiamento por falta de documentação”, conta o casal. Eles tiveram a ideia de se reunir com outros fazendeiros e passaram a financiar o plantio e a criação de pequenos agricultores. “Fizemos isso durante um bom tempo e enxergamos a possibilidade de mudar a vida de muita gente”, dizem.
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O tempo passou e o casal se mudou para a Inglaterra por motivos pessoais. Mas o antigo sonho permanecia vivo, amadureceu e foi retomado em 2018, quando os dois decidiram transformar os empréstimos praticados no Maranhão em startup. “Conhecemos as criptomoedas e estudamos como elas poderiam ser aplicadas ao universo da agricultura familiar. Ficamos seis meses elaborando o projeto com a ajuda de muitos especialistas, que nos ajudaram a tirar a Culte do papel”, revela Rugeri, que hoje é CEO da empresa.
Apoio ao agronegócio familiar
Hoje, eles definem a Culte como um ecossistema completo de apoio ao agronegócio familiar, dentro do qual os pequenos produtores podem criar suas próprias lojas para vender seus produtos sem intermediários, obter ajuda para alavancar seus negócios (seja no plantio ou na pecuária) e ainda contar com uma conta digital que facilita a geração de links de pagamento, emissão de boletos e outras funcionalidades. “Vale lembrar que a desbancarização do pequeno produtor é um problema no Brasil”, diz o CEO.
Depois de passarem por programas de aceleração, como Inovativa Brasil e LIFT Laboratório de Inovações Financeiras e Tecnológicas do Banco Central e da Fenasbac, nos últimos 6 meses a startup recebeu mais de R$ 15 milhões em solicitações de empréstimos, sendo que 70% dos agricultores que solicitaram nunca tiveram acesso a crédito. Hoje, a startup está presente em 20 estados brasileiros, reunindo mais de dois mil pequenos agricultores; destes, mais de 30% são mulheres.
Rugeri conta que a Culte tem o objetivo de promover crescimento econômico inclusivo, sustentável e livre de intermediários, dar visibilidade ao pequeno agricultor familiar e levar acesso a novas tecnologias e treinamentos ao campo. A plataforma foi desenvolvida pensando na desintermediação da cadeia produtiva e no conceito de finanças descentralizadas para isso utilizam a tecnologia Blockchain, que permite a realização de transferências de ativos por meio de transações totalmente seguras e transparentes. “Ela dispensa o envolvimento e a supervisão de um intermediário, uma vez que o software já apresenta uma estrutura controlada, visível e aberta a todos os envolvidos”, explica Rugeri. Segundo ele, o marketplace caracteriza-se como descentralizado, conectando diretamente produtores e clientes, sem a necessidade do envolvimento de terceiros.
“Os compradores podem ter a confiança de que os produtos disponibilizados pelos vendedores são genuínos, além de ganhar com a oferta de preços mais atraentes — uma vez que a concorrência passa a ser aberta”, diz o cofundador da Culte.
A criptomoeda do agro
Além disso, a Culte criou uma criptomoeda que vai impulsionar seu ecossistema, a Cultecoin, com a popularização dos ativos digitais, vimos um ótimo momento de trazer o agronegócio para o universo das criptomoedas e sermos uma opção de proteção de patrimônio, já que com criptomoedas facilmente se transforma reais em dólares.
A Cultecoin permite a compra antecipada da produção destes pequenos agricultores, contribuindo para o crescimento da agricultura familiar. “A ideia é possibilitar a conexão entre o produtor e empresas que estão precisando das mercadorias – como agroindústrias, cooperativas, hospitais, hotéis, restaurantes e outros estabelecimentos que necessitam de grandes volumes – para uma compra maior”, esclarece o executivo.
Por outro lado, os agricultores também podem realizar compras em conjunto conseguindo melhores condições junto aos fornecedores. “Nós, da Culte, acreditamos que todos usufruímos dos frutos do agronegócio, portanto temos o dever de apoiar os agricultores e produtores rurais”, conclui o CEO.
Precisamos impulsionar o agronegócio familiar brasileiro. O sistema bancário tradicional não é capaz de suprir com recursos financeiros subsidiados e tecnológicos de maneira abrangente e no período adequado”, afirma Rugeri. “O aumento persistente na demanda de alimentos, causada pelo crescimento populacional, e a mudança na dieta à medida em que a classe média global se expande, cria nichos de mercado atrativos no agronegócio, oferecendo oportunidades de investimento em tecnologia e infraestrutura”, complementa ele.
A Cultecoin começa a ser negociada no dia 13 de setembro. Para participar da pré-lista de compras, basta acessar o site.
Foi criado também um grupo no Telegram para discutir ações relacionadas a criptomoeda Cultecoin. Clique aqui para entrar.