O crescimento urbano mundial está ocorrendo rápido e assustadoramente, junto a ele surge uma série de problemáticas cujas resoluções passam por modelos de gestão integrados e tecnológico
De acordo com o Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais da Organização das Nações Unidas (ONU), 55% da população mundial, algo em torno de 4,2 bilhões de pessoas, vive em áreas urbanas. Apesar de impressionante, esse percentual deverá aumentar para 68% nos próximos 30 anos que, somado ao crescimento populacional mundial, resultará em 2,5 bilhões de habitantes a mais vivendo em um novo modelo habitacional, intensificando ainda mais o processo de urbanização no mundo. Vale ressaltar que 90% desse incremento deverá ocorrer somente na África e Ásia.
Ainda pelas projeções das Nações Unidas, em 2030 existirão 41 megalópoles com população superior a 10 milhões de habitantes. Diante desses números e do paralelo à população urbana mundial em 1950, 751 milhões de habitantes, é evidente a necessidade de reflexão dos modelos de planejamento, construção e gestão dos assentamentos humanos.
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Grandes desafios que envolvem desde a criação de espaços inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis, até demandas envolvendo tecnologias e serviços mais complexos nortearão os próximos passos para o desenvolvimento. Em outras palavras, a capacidade de evolução das cidades se dará pela sua capacidade de atendimento de condições sanitárias básicas, redução da extrema pobreza e de desigualdades sociais, acesso à informação e gestão participativa.
Órgãos públicos, representantes dos governos, empresas e startups deverão trabalhar de forma objetiva, eficiente e inteligente para garantir a manutenção dos recursos ambientais, melhoria na qualidade de vida das pessoas e solução de problemas que envolvem abastecimento energético e outras infraestruturas, como transporte, saúde e educação presentes não somente nos perímetros urbanos, como também nas áreas rurais e periurbanas.
Importância da Tecnologia
A chave para a construção da cidade ideal concentra-se na capacidade de reconhecer o seu potencial para a sustentabilidade e explorar as possibilidades na elaboração de soluções para as necessidades da sociedade. E grande parte dessa solução passa pelo uso da tecnologia.
O que parece ser uma realidade intangível, já é tema central de importantes conferências e, inclusive, parte do cotidiano em diversas localidades pelo mundo como Nova York e São Francisco (Estados Unidos), Amsterdã (Holanda), Tóquio (Japão) e Copenhagen (Dinamarca). Cidades funcionais que usam a conectividade e a integração em rede para dar qualidade de vida e garantir facilidades que há poucos anos não era possível. São as Cidades Inteligentes (Smart Cities).
Existe uma vasta gama de projetos voltados para a inteligência das cidades, no entanto, é importante entender que a tecnologia e o acesso à internet por si só não garante sua adequação a esse conceito. Enquanto o seu uso ocorrer em separado, o termo correto será Cidade Digital. Mais do que wireless livre em praças, ônibus e parques, rede de fibra óptica ou desenvolvimento de aplicações, é necessário ir além e garantir uma comunicação entre essas diversas iniciativas, criando um ecossistema em rede e suporte à decisão. De forma análoga, as cidades podem ser consideradas organismos vivos em constantes transformações, por isso as soluções necessitam estar interconectadas e voltadas para a sustentabilidade.
Nos próximos artigos, trataremos sobre os conceitos de Cidade Digital e Cidade Inteligente, os requisitos necessários para uma cidade ser considerada smart, bem como as suas áreas de ação, cases de sucesso pelo mundo e as perspectivas para o futuro.