O mercado de seguros no Brasil tem movimentado excelentes cifras nos últimos anos. O setor está avaliado em cerca de R$300 bilhões com crescimento de 10% a 12% ao ano. Isso se dá devido à revolução que vem acontecendo nos últimos anos, movimento esse que tem nome e sobrenome.
As insurtechs – união das palavras inglesas insurance e tecnology – são startups responsáveis por criar, distribuir e administrar seguros.
O que é uma insurtech?
As insurtechs são derivadas das fintechs, e como já dito anteriormente, tem como principal função a distribuição, criação e administração de seguros. Para isso, oferecem a melhor categoria de seguro ao cliente por meio de diferentes ferramentas tecnológicas para analisar perfis.
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Algumas dessas tecnologias são: inteligência artificial, internet das coisas, análise de dados, etc.
Para exemplificar melhor o assunto temos a Thinkseg e Metromile – insurtechs sediadas no Brasil e EUA, respectivamente. Sendo pioneira na evolução do mercado de seguros, a Thinkseg foi fundada em 2016 e a alguns anos lançou o Pay Per Use, um seguro automotivo que o cliente paga uma assinatura fixa mensal – acrescida por centavos a cada quilômetro rodado – nos mesmos moldes de uma assinatura do Spotify.
Já a Metromile foi fundada em 2011 e tem uma pegada bem parecida, nos últimos anos tem aumentado a demanda norte-americana por este novo tipo de seguro.
De volta ao cenário brasileiro, de acordo com dados do hub de inovação Distrito (Junho de 2021), o país conta com cerca de 109 insurtechs – número equivalente a um terço de toda América Latina. Se comparado com 2020, o número de startups neste ramo triplicou.
São mais de US$300 milhões de investimento, sendo ao todo 24 negociações e US$122 milhões foram recebidos apenas em 2021.
Por que o mercado de seguros permitiu essa evolução?
A evolução é inevitável, o ambiente muda e quem não se adapta acaba morrendo – no caso, falido. Porém, existem alguns fatores que permitiram a insurtechs ganharem espaço de forma rápida e objetiva.
Dentre eles está um crescimento significativo, a partir de 2015, depois da rígida regulamentação no setor de seguros, que ainda passa por adversidades. Até mesmo o órgão regulador do setor, Susep (Superintendência de Seguros Privados), criou o Sandbox, uma espécie de laboratório de modo a testar novas tecnologias e modelos de negócio. O Banco Central fez o mesmo com as fintechs do Brasil e não a toa criou-se o PIX.
Conforme está no título, toda essa evolução irá impactar diretamente o mercado tradicional e acelerar a evolução do mesmo. Nem um gigante de nenhum mercado gostaria de perder o topo, mas essas startups vem com força e trazem uma facilidade nunca vista.
Quando conseguir um seguro pagando um valor justo seria tão fácil como assinar um plano da Netflix?
Destaques no mercado brasileiro de seguros
Como citado no início deste artigo, o mercado vem crescendo e traz números animadores para as empresas. Não à toa as startups viram grandes oportunidades de implementar novas tecnologias para trazer ainda mais investimentos.
Alguns números mostram características das insurtechs em território nacional:
- ⅓ das startups que atuam no mercado de seguros da América Latina estão no Brasil (LATAM INSURTECH JOURNEY, JULHO – 2021)
- Sendo que 70% das startups do ramo possuem menos de 20 funcionários.
- Na América Latina o mercado cresce 25% ao ano.
- No Brasil 74% das insurtech estão localizadas na região sudeste.
- De acordo com dados do Distrito, 66% faturam até R$5 milhões por ano.
- Apenas 14% das startups de seguros possuem mulheres entre os sócios fundadores.
Contra fatos não há argumentos, entretanto, quais são as transformações que já foram feitas?
- Aumento da demanda com foco nos seguros de vida devido à pandemia.
- Com preços altos no mercado tradicional, as insurtechs vem sendo a saída para seguros automobilísticos e residenciais.
- O processo tem sido cada vez mais digital, sendo tudo feito pelo celular sem burocratização.
- Os produtos são personalizados e super fáceis de contratar e cancelar.
- Serviços e/ou itens já estão vindo com seguros embutidos, ou seja, ótima maneira de construir parcerias com o varejo.
- Serviços Pay Per Use, ou seja, o usuário só paga quando utiliza.
- Tecnologias, como inteligência artificial, machine learning, chat box, etc. Vem sendo fundamental para construção de produtos adequados ao perfil do usuário.
- Comunicação horizontal entre seguradora e assegurados.
- Novos modelos de negócios surgiram.
Exemplos de insurtechs
Os seguros não são destinados a apenas um item como, por exemplo, carros que possuem o seguro obrigatório. Existe a possibilidade de tornar os mais diversos itens muito bem protegidos. Sendo assim, separamos algumas insurtechs brasileiras que têm feito grandes trabalhos.
Bidu
Uma corretora de seguros online que possui excelentes contatos, pois sua plataforma é integrada com grandes seguradoras. Ela é bem famosa por entregar propostas de seguros em poucos segundos, isso graças a boa e nova tecnologia.
Kakau
Uma plataforma de seguros sem franquia e 100% digital – é claro –, a Kakau possibilita aos seus clientes contratar, cancelar e realizar pagamentos de produtos via aplicativo.
A empresa visa mostrar o quão importante um seguro pode ser através da tecnologia.
Minutos Seguros
Uma mistura entre online e offline que podemos dizer ser quase perfeita. Não à toa a empresa recebeu US$60 milhões do fundo de investimento do Vale do Silício, Redpoint.
A startup procura facilitar a vida de quem está atrás de seguros no Brasil, pois está sempre pensando em qualidade junto a um atendimento humanizado.
O mercado de seguros está bombando e a pergunta que fica é, você já possui seu seguro? Dê uma chance à tecnologia e busque pela insurtech “mais próxima” de você.