O mercado brasileiro é bem peculiar. A informalidade dentro do âmbito trabalhista assusta muita gente. Mas há quem tire de letra essa circunstância e até já transformou em modelo de negócio: prazer, freelancers.
Aliados a quem não quer perder tempo contratando ou não tem dinheiro para isso, os freelancers podem ser a salvação do seu negócio quando não há capital de giro. Isso é bem familiar no mundo das startups, quando é necessário fazer o máximo possível utilizando poucos recursos, correndo atrás de investidores
Para os sócios fundadores, há a fase de bootstrapping, quando o empreendedor utiliza recursos próprios para lançar o negócio sem o apoio de fundos de investimento. E claro: quando se inicia um negócio por meio de bootstrapping, se é forçado a estar ainda mais atento ao caixa e às despesas para manter a startup financeiramente saudável.
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Até aí tudo bem, mas o que tem a ver o freelancer com a fase bootstrapping em uma startup? É justamente disso que o texto vai falar: as vantagens de contratar esse serviço durante a fase mais apertada.
De acordo com um artigo assinado por Megan Groves à Forbes, até 2027, espera-se que mais da metade da força de trabalho norte-americana atue sob demanda e abandone o tradicional modelo de tempo integral. Ou seja, o número de profissionais que buscar trabalhar como freelancers vai aumentar e se equiparar à quantidade do modelo formal.
E por que seria a melhor estratégia para quem está com orçamento apertado? Segundo artigo publicado na Entrepreneur, assinado por Laura Briggs, é que na hora do aperto, o sócio fundador da startup não deveria fazer uma contratação formal, o que não gera uma complexidade na hora de encerrar a parceria. Sem falar na possibilidade de contratar um grande nome no mercado, que entregue um produto excelente, sem se comprometer a pagar um salário fixo por mês; dessa forma, você paga apenas pela demanda específica.
Ainda no mesmo artigo de Briggs, é citado o exemplo de Joel Primus, fundador da empresa de roupas íntimas Naked e autor do livro Getting Naked. Para ele e muitos outros usuários do bootstrapping, terceirizar certas tarefas era a chave para poder escalar com rapidez e eficácia.
“Uma equipe bootstrapped começa com a contratação de executores, solucionadores de problemas e aqueles com um profundo desejo de aprender e expandir rapidamente suas habilidades”, diz Primus. É justamente nesse momento em que entram os freelancers, fornecendo a oportunidade para lidar com a sobrecarga que facilmente acompanha a experiência diária de um fundador de startups.
Mas cuidado para não aceitar ajudas de pessoas próximas só porque não tem dinheiro para investimento. Vale mais a pena investir em um profissional que saiba o que está fazendo e entregue o combinado, que um parente fazer um favor e o resultado não sair como o esperado.
E por fim o último detalhe: planejamento. Não adianta deixar de contratar um funcionário de meio período ou tempo integral (o que arcaria com bem mais custos) e contratar um freelancer sem saber exatamente qual a função dele e o que ele necessita entregar. Você precisa saber exatamente o que deve ser feito em seu negócio, deixando claro as funções de que precisa com mais urgência.
Com o tempo, é provável que a empresa cresça e precise de contribuições regulares de um nível básico de funcionários, no mínimo. E por isso, ter funcionários pode ser um investimento melhor quando você precisa construir uma cultura de equipe e responsabilidade para o longo prazo.
Portanto conheça seu negócio, se planeje e tenha sempre em mente onde quer chegar.