Quando Stanley Kubrick ousou tratar do tema das videoconferências em 1968, no filme “2001: Uma Odisseia no Espaço“, ninguém sabia que era possível conversar com alguém ao vivo por meio de vídeo. E olhe que, de lá pra cá, até que demorou bastante para essa ferramenta estar acessível e se popularizar em todas as partes do mundo.
Apesar das videochamadas terem se popularizado após o advento do Skype, o conceito dessa tecnologia surgiu antes mesmo do filme citado ser lançado. De acordo com o uma matéria publicada pela BBC, a primeira ligação com vídeo aconteceu ainda em 1964. Acredite.
Efeito catalisador
Mas fora essa curiosidade, com o advento da pandemia e com o homeoffice sendo imposto, ao menos no Brasil, as reuniões virtuais tomaram mais força. Tem um texto aqui no Rapadura Tech sobre o trabalho remoto no serviço público brasileiro.
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Então, foi um efeito catalisador. Não ficou restrito ao grupo da TI, que sempre quer inovar. A ferramenta chegou naquele profissional mais conservador, que acredita que tudo precisa ser anotado ainda de lápis.
E para isso, algumas plataformas foram apresentadas e utilizadas. As mais populares são: Skype, WhatsApp, Google Meet, Zoom e Microsoft Teams. Mas existem outras opções e boa parte delas gratuitas.
E por que as empresas viram vantagem nas videoconferências? Um dos fatores positivos é a redução de custos. Agora, não é mais necessário reservar uma sala ou até alugá-la. Ou a economia na conta de energia no fim do mês. Para uma grande empresa, pode ser uma redução irrisória, mas para quem luta para fechar a conta no fim do mês, toda redução é bem-vinda.
Outro fato positivo é o ganho de tempo. Sem precisar se deslocar, os participantes não precisam mais apresentar desculpas como o trânsito ou a chuva. Mas claro que há pontos negativos: um deles é uma internet ruim de algum participante, o que pode comprometer a conexão e, dessa forma, a comunicação.
Visão futurista
Mas há quem diga que os aplicativos citados já estão até obsoletos. Justamente por causa da popularidade adquirida com a pandemia, as videoconferências e suas performances são avaliadas e estudadas para mais produtos inovadores no mercado.
A Microsoft, por exemplo, já prometeu trazer as “reuniões do futuro”, com um dispositivo capaz de realizar a transcrição e tradução para outros idiomas em tempo real de até 10 participantes de uma videoconferência. Isso abre possibilidade de, mesmo sem saber outro idioma, ter uma reunião “de igual para igual” com um estrangeiro.
Outra característica é identificar quem está falando, já que alguns ruídos tendem a chamar atenção e atrair o foco da câmera em destaque. Daí, quem está falando, às vezes, perde o poder de ter a imagem em foco. Isso foi avaliado como uma dificuldade atual nos demais programas.
O fato é que a Microsoft e a Google já estão lançando funcionalidades de software capazes de reconhecer e cancelar ruídos de fundo. Já pensou deletar o barulho do chuveiro, da campainha ou de cães latindo?
E quando colocamos dispositivos para entrar em outra realidade para fazer reuniões? O mundo dos games e o mundo corporativo andam mais próximos. É o caso do MeetinVR, que pretende oferecer interação humana mais intuitiva e eficaz do que na vida real, criando uma nova realidade. A partir de um dispositivo conectado à cabeça, nos olhos, você participaria da reunião em uma realidade virtual. Uma espécie de The Sims da videoconferência. Quem sabe com possibilidade até de montar o cenário? E escolher uma praia ou um parque.
Já é realidade
Já existe, inclusive, uma plataforma que cria salas de reunião em Realidade Virtual, o SpatialChat, criada em 2016 com sede em Nova York e San Francisco, nos Estados Unidos. Essa ferramenta é mais avançada que outros aplicativos de videochamadas, porque permite que o usuário veja seus colegas de trabalho (em formato de avatar) em salas personalizadas.
Será esse o tiro certo para matar de vez as reuniões corporativas desnecessárias – aquelas que poderiam ser transformadas em um email apenas? Vamos pagar pra ver!