A sindicalização nas Big Techs americanas tem ganhado força e apoio de vários funcionários. É a primeira vez que grandes empresas aderem ao sindicato e por isso, geram opiniões contrárias. Portanto, saiba como foi esse processo e qual será seu futuro.
Sindicalização nas Big Techs, um processo inédito
No último mês, uma das unidades da famosa Apple nos Estados Unidos resolveu ter seu sindicato. A notícia é algo inédito, afinal, a marca sempre foi contra o movimento e o próprio país tem economia liberal. Mas, seus empregados têm pensado diferente.
Não é a primeira tentativa
A tentativa de sindicalização nas Big Techs existe há muito tempo, porém nunca teve sucesso. A maioria das grandes empresas americanas não apoia essa mudança, e sempre ganhou nessa disputa. Por exemplo, alguns pontos que os sindicatos pregam são:
🚨 Vagas abertas para o nosso grupo de ofertas que vai te fazer economizar MUITO!
- Salários justos;
- Maior segurança no trabalho;
- Políticas de proteção contra o COVID-19;
- Regulação de conduta;
- Carga horária adequada.
Uma das primeiras Big Techs a aderir ao movimento foi um armazém da Amazon de Nova York, no começo do ano. Agora, outros funcionários de diversas marcas famosas têm apoiado esse avanço também.
![Processo de sindicalização nas Big Techs: entenda o movimento nos EUA 29 INTERNA1 Sindicalizacao nas Big techs](https://rapaduratech.com.br/wp-content/uploads/2022/09/INTERNA1_-_Sindicalizacao_nas_Big_techs-1024x683.jpeg)
Trabalhadores da Apple aprovam sindicalização em Baltimore
Na loja da cidade de Townson, em Maryland, um grupo chamado AppleCORE começou a exigir mudanças. Por exemplo, o aumento de salário, carga de trabalho justa e mais segurança. Desse modo, ganharam mais força com o tempo.
Como isso aconteceu?
Por meio de uma votação feita pelo grupo, os próprios empregados aprovaram a adesão. Assim, com o apoio da maioria, eles agora são parte de um sindicato para lutar a favor de seus direitos.
Votos a favor e contra a sindicalização
O tópico de sindicalização nas Big Techs ainda divide muitas opiniões entre os americanos. Para a maioria dos empresários, ela é uma ameaça, afinal, querem ter o controle total de seu negócio. Mas, não são apenas eles que são contra a ideia.
Ponto de vista dividido
Com a votação feita na filial de Townson, deu para notar que diversos empregados não são a favor. Na equipe de 110 pessoas, 65 apoiaram a adesão e 45 votaram contra. Por fim, quem deu o seu voto positivo, agora participa de uma parte do sindicato.
Mesmo com essa mudança, a quantidade de empresas com esse sistema ainda é bem pequena nos EUA. Por exemplo, a Apple conta com 270 lojas no país, e por enquanto apenas uma aprovou a proposta. No entanto, outras também mostraram querer mudanças.
Sindicalização nas Big Techs e o impacto para a Apple
Grande parte dos empregados celebraram a nova conquista, mas a marca em si se mantém preocupada. Meses antes, a empresa já havia feito alguns anúncios contra a sindicalização nas Big Techs. Assim, falaram para a sua equipe que a mudança causaria:
- Perda de chances de trabalho;
- Menos folgas;
- Carga horária menos flexível;
- Problemas de relação na empresa.
Com a aprovação por meio dos votos, a marca não teve mais como fugir das exigências. Mas, ainda causa um medo de que eles não tenham mais uma boa relação com seu time.
A sindicalização nas Big Techs é uma tendência?
O presidente Biden já deixou em recado que apoia a sindicalização de empresas americanas, ou seja, um grande incentivo. Desse modo, é possível dizer que há chances de o movimento avançar e conquistar cada vez mais espaço.
O que esperar desse movimento nos próximos anos?
É certo que existem várias outras filiais de grandes empresas também em busca dessa mudança. Então, espera-se a ocorrência de novas votações e discussões para aderir ao sindicato. Por fim, é aguardar para ver como as companhias irão reagir.