O WhatsApp adiou para maio/2021 o início da entrada em vigor das suas novas regras de privacidade, anunciadas anteriormente com começo da vigência previsto para 8 de fevereiro. O adiamento foi divulgado após a repercussão negativa em relação aos novos termos. Porém, isso não foi o suficiente para impedir que os concorrentes continuem crescendo.
Atualmente, o WhatsApp possui mais de 2 bilhões de usuários ao redor do mundo. Contudo, alguns concorrentes, como o Signal e principalmente o Telegram, têm crescido de maneira consistente, especialmente após as últimas decisões relacionadas à política de privacidade do líder entre os aplicativos de mensagens.
Será que algum dos concorrentes conseguirá fazer frente ao WhatsApp e se tornar o mais usado do mundo? Obviamente, é impossível afirmar isso. Contudo, vale a pena entender melhor esse assunto.
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A ascensão dos rivais do WhatsApp nos últimos meses
Elogiado por muitos usuários com o argumento de que proporciona uma experiência de segurança e usabilidade melhor, o Telegram tem ganhado cada vez mais adeptos. E, desde 2019, quando o WhatsApp começou a restringir o compartilhamento de mensagens, esse processo vem ganhando força.
Como resultado disso, o Telegram alcançou a marca de meio bilhão de usuários ativos nos primeiros dias de 2021. Nesse sentido, vale ressaltar que o crescimento do aplicativo é consistente e com períodos de grande ascensão. Tanto que, na primeira quinzena de janeiro, em apenas 72 horas, foram criadas mais de 25 milhões de novas contas.
Já o Signal, que era praticamente desconhecido até o final de 2020, passou a ter quase 1 milhão de downloads diários no começo de janeiro após o anúncio das novas regras do WhatsApp. Além disso, a ascensão do aplicativo foi impulsionada pelo fato de ele ter sido indicado pelo empresário Elon Musk, o segundo homem mais rico do mundo.
O que explica o crescimento do Telegram e do Signal?
O crescimento desses aplicativos deve ser analisado levando em consideração 2 motivos específicos:
- As decisões do WhatsApp sobre o compartilhamento de mensagens e a política de privacidade; e
- As funcionalidades do Telegram e do Signal aliadas à promessa de valorização da privacidade.
Em relação ao primeiro motivo, está bastante claro que os usuários do WhatsApp não receberam bem questões como as restrições no compartilhamento de mensagens e a mudança na política de privacidade que abre espaço para que os seus dados sejam usados por outros aplicativos do grupo, como o Facebook.
Já sobre o segundo motivo, além de o Telegram e o Signal prometerem máxima valorização da privacidade dos usuários, existem outros aspectos que otimizam a usabilidade desses aplicativos. Alguns deles são:
- A viabilidade de um único usuário possuir até 3 contas e alternar entre elas no mesmo aplicativo (Telegram);
- A possibilidade de enviar arquivos grandes – acima de 1 GB – (Telegram);
- A existência de bots que auxiliam o usuário em diversas tarefas (Telegram);
- A possibilidade de criar grupos com milhares de participantes (Telegram);
- O recurso “canais” – essencial para quem deseja construir uma audiência exclusiva – (Telegram);
- A promessa de não haver a coleta de dados dos usuários (Signal);
- O fato de o código-fonte ser totalmente aberto, empregando grande transparência na utilização (Signal); e
- A possibilidade de enviar mensagens com remetente oculto (Signal).
Conclusão
Inclusive pelo fato de o WhatsApp ter um número muito maior de usuários, não é razoável achar que um dos concorrentes vai assumir a liderança dessa disputa nos próximos meses ou até em 1 ou 2 anos. Todavia, já vale a pena debater se, em termos de privacidade e usabilidade, o Telegram e o Signal não são alternativa melhores.
E para você, Telegram e Signal conseguirão “bater” o WhatsApp nos próximos anos?