O empreendedorismo na favela é possível e há vários cases de sucesso. Apesar da falta de recursos e do cenário incerto, jovens e adultos conseguem criar negócios inovadores. Além disso, um deles é um dos cotados para se tornar empresa unicórnio.
Número de favelas no Brasil aumenta a cada ano
As favelas contém boa parte das pessoas do país. Aliás, caso fosse comparado, seria um dos quatro estados mais populosos. Mas esse número não para de crescer e mais que dobrou de 2010 para os dados atuais:
- Há cerca de 17 milhões de pessoas no país em favelas;
- Em 2010, havia 6.329 favelas no Brasil;
- Hoje, existem mais de 13 mil favelas.
Diferente do que muitos acreditam, viver nesses espaços não se resume a pobreza e carência. Na verdade, o empreendedorismo na comunidade tem ganhado destaque e milhões de reais por meio de pessoas inteligentes que decidiram encontrar soluções.
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Empreendedorismo na favela gera inúmeros impactos
A iniciativa gera vários impactos positivos nas áreas em que está presente. Afinal, sabe-se que as políticas públicas ainda não são capazes de atender a demanda. Com isso, esse tipo de ação consegue melhorar a condição de vida porque motiva:
- Desenvolvimento econômico e social;
- Geração de empregos;
- Aumento de renda;
- Inserção de jovens e recém-formados no mercado de trabalho.
Tudo isso não apenas para quem empreende, mas também quem quer saber como ganhar dinheiro na favela. Aliás, os que visam causar impacto social investem na educação, ou seja, preparam pessoas para se inserir e crescer em uma carreira.
Negócio próprio sim, CNPJ nem sempre
Cerca de 70% das pessoas que têm seu comércio na favela não têm um CNPJ. Ter esse cadastro é essencial para tornar o negócio legal. Mas muitos que vivem nesses locais encontram diversos obstáculos para isso, por exemplo:
- Falta de crédito;
- Dificuldade com os documentos;
- Falta do conhecimento de tecnologias baseadas em busca.
Fora isso, a maior parte deles não começa o negócio porque deseja ser autônomo, mas por falta de outras opções. Desse modo, encontram problemas para fazer uma boa gestão financeira sem entender muito do assunto e sem ter um capital.
Inclusão tecnológica oferece mais oportunidades
O uso dos meios digitais, sem dúvida, pode fazer toda a diferença para o empreendedorismo na favela. Afinal, é por meio deles que jovens e adultos que tem o seu próprio negócio conseguem mais:
- Conexões;
- Alcance;
- Inclusão social.
Fora isso, o futuro do trabalho sugere que saber usar a tecnologia será essencial em qualquer setor. Desse modo, há uma busca por quem já atua com isso para educar essa nova geração de empresários.
Abismo digital ainda é um problema que precisa ser combatido
Mesmo com essa importância que o digital já tem, poucas pessoas sabem como usá-la para expandir o seu negócio. Assim, ainda que alguns tenham acesso a internet, não colocam seus serviços ou produtos à venda online.
Empreendedorismo na favela e o surgimento de startups
Um destaque do empreendedorismo na comunidade é a criação de startups. Desse modo, o Brasil conta com a Favela Brasil Xpress. A sua ideia original foi organizar uma forma de entregar os pedidos de compras feitas pela internet aos moradores.
O que ocorre é que esses locais nem sempre são acessíveis, mas sim difíceis de encontrar. Assim, a startup conseguiu parceria para fazer as entregas de grandes lojas no país e com a Google para mapear esses espaços e gerar até 30 mil endereços.
Unicórnio na favela
Essa startup foi listada pela bolsa como uma futura empresa unicórnio. Em síntese, esse tipo de negócio é o que consegue atingir o valor de mercado de US$ 1 bilhão. Assim, a Favela Brasil Xpress ganhou destaque porque captou cerca de R$ 1,3 milhão de doadores.
Case de sucesso de empreendedorismo na favela
Existem inúmeros cases de sucesso quando se fala nesse tema. No entanto, alguns alcançam mais destaque, como é o caso do Mais1Code. Assim, essa é uma empresa que oferece educação tecnológica de forma gratuita e online.
Uma parceria de muitos anos
A empresa Mais1Code foi criada por Tauan Matos e Diogo Bezerra, quando ambos já eram empreendedores. No entanto, ambos passaram por muitas dificuldades enquanto cresciam, apesar de sempre entenderem o poder da educação.
Diogo fala sobre sua infância:
“Eu cresci em um ambiente de muita pobreza. Cheguei a ajudar a minha mãe a catar papelão na rua quando criança e é muito triste ver que ainda hoje, em pleno século 21, essa ainda é a realidade de muitos jovens”.
A realidade de Tauan não era muito diferente. Então, colegas desde os 14 anos, Diogo chamou o amigo para formar parceria no projeto quando um morador da comunidade questionou onde ele poderia aprender programação de graça.
Hoje, a Mais1Code ensina milhares de jovens periféricos. Além disso, cerca de 60% do público atendido pela empresa é composto por mulheres. Em resumo, o impacto dessa empresa no mercado é enorme e ainda promete muito.
Outros exemplos de que o empreendedorismo na favela é possível
Fora esses cases de sucesso, há outros bons exemplos do empreendedorismo na favela. Assim, um deles é a Paraíso na Laje, em São Paulo. Ela funciona como casa noturna, além de oferecer um passeio turístico dentro de Paraisópolis.