Um assunto que tem ganhado força é a internacionalização das startups brasileiras em Portugal. Uma empresa que tem se destacado nesse segmento é a COREangels Atlantic. O Rapadura Tech entrevistou Maurizio Calcopietro, o gerente geral da empresa, que investe em startups brasileiras que desejam a internacionalização na Europa por meio de Portugal.
A COREangels Atlantic
De acordo com o empresário, a COREangels é uma representação portuguesa com um fundo de investidores anjos que nasceu em 2019, e foi o primeiro ligado à COREangels Internacional, uma empresa global de investimento ágil profissionalizado .
Ele destaca que uma startup brasileira deve pensar em Portugal por ser um ambiente favorável para as empresas do Brasil. Além disso, possui o benefício do idioma e do custo, pois é inferior a outros países europeus, tendo ainda o ecossistema em crescimento.
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A COREangels Atlantic conta com 32 investidores–e tem o objetivo de alcançar 45 –, a maioria brasileiros. ‘’O nosso diferencial é que somos um grupo de anjos, mas com viés profissionalizado. Somos uma mistura, temos o conhecimento e a disponibilização do próprio tempo para ajudar (smart money)” ressalta.
A empresa possui gestores profissionalizados em que o investidor anjo não aplica direto na startup, mas sim em um portfólio, tornando o risco menor. ‘’Assim, não coloca todos os ovos em uma única cesta. É um modelo bem interessante, que pega o melhor do lado do investimento anjo”, cita.
Qual a razão de ter uma iniciativa de internacionalização em uma startup?
De acordo com Maurizio, o processo de internacionalização das startups é importante, inclusive para o Brasil, que possui um grande mercado. O gerente da COREangels destaca que muitas vezes, as startups pensam mais tarde em internacionalizar e acabam perdendo os benefícios desse processo. Em Portugal e na Europa, as empresas fazem o contrário, nascem globais, já pensando na expansão internacional.
‘’É uma questão que está mudando no Brasil, mas é fundamental pensar na internacionalização. Não precisa ser feito logo no começo, antes precisa validar o produto e o modelo de negócio, no Brasil, e depois pensar em internacionalizar’’, afirma.
Para Calcopietro, é importante pensar nesse processo o quanto antes para não perder o momento certo. Pensar em internacionalizar também traz valorização para a empresa, aumentando o valor dela.
Sinergia Brasil e Portugal
Os dois países possuem pontos em comum que auxiliam no desenvolvimento de uma startup e no processo de internacionalização, como as questões econômicas, culturais e históricas. Cada vez mais brasileiros estão frequentando Portugal, seja por turismo ou por negócios.
Para ele, possuir uma startup portuguesa no mercado brasileiro é importante por ter uma grande população e uma forte economia.‘’Com certeza, existem muitos interesses dos dois lados, de fomentar a sinergia entre os dois ecossistemas de empreendedorismo, além de abrir portas para os empreendedores ajudarem na fase inicial para poder implantar aqui na Europa e Portugal’’, diz.
Os fundos de investimentos em uma startup
Calcopietro destaca que a sugestão para o investidor é sempre investir de preferência em grupo em um portfólio de startups. No caso do investimento da COREangels, a vantagem é que é um investimento em Euro, uma moeda economicamente forte. Além disso, investem em startups que possuem pelo menos um ano de faturamento no Brasil, como aquelas que validaram o produto no mercado no País e que estão prontas para internacionalizar na Europa.
A KnowCode – Case de sucesso da startup brasileira de Fortaleza
Uma das empresas que recebeu o investimento da COREangels e é considerado um case de sucesso é a KnowCode. Essa é uma startup do Rapadura Valley que desenvolve interfaces gráficas para aplicativos Flutter 5 vezes mais rápidos.
É uma empresa que auxilia a aumentar a produtividade dos desenvolvedores.