A IA, ou inteligência artificial, está em constante avanço e já realiza várias funções do dia a dia, como automatizações de respostas e até a criação de textos e códigos. Cientistas, no entanto, vão além e apostam na capacidade de aprender e até de ensinar umas às outras.
O que é IA ou inteligência artificial?
A IA é um ramo da computação, que cria sistemas capazes de executar tarefas que próprias da inteligência humana. Isso incluir ações como entender a linguagem natural, bem como:
- resolver problemas;
- entender padrões;
- aprender com as próprias respostas e erros;
- consultar bases de dados ou a internet;
- tomar decisões.
O objetivo dessa tecnologia é criar sistemas capazes de se adaptar e aprender com base em suas próprias experiências. Além disso, poder automatizar tarefas, com ganho de tempo e precisão, o que pode beneficiar vários setores da sociedade.
🚨 Vagas abertas para o nosso grupo de ofertas que vai te fazer economizar MUITO!
Como funciona a inteligência artificial?
A inteligência artificial funciona a partir de algoritmos, que coletam e processam um alto volume de dados. Redes neurais, que criam conexões assim como o cérebro humano, por sua vez, podem trazer a resposta a um comando.
Para criar essa inteligência, é preciso passar por uma etapa de testes, na qual o algoritmo é exposto a um grande volume de dados e comandos. Assim, a partir de feedbacks é possível indicar o tipo de resposta que se espera.
Isso ocorre em razão do machine learning, ou aprendizado de máquina. Ou seja, a partir da experiência com o uso e comandos que se aplicam, pode entender alguns termos com base na semântica, por exemplo.
Quando surgiu a inteligência artificial?
Ao contrário do que muitos pensam, esse termo não é recente. A ideia de simular uma rede neural tal qual o cérebro humano surgiu ainda nos anos de 1940. A princípio, eram máquinas capazes de realizar cálculos complexos, como a máquina de Turing, por exemplo.
A Conferência de Dartmouth, que ocorreu em 1956, é tida como um marco porque foi a primeira vez em que se usou o termo inteligência artificial.
Desde então, com o avanço da tecnologia, os sistemas ficaram mais complexos, e vão muito além de operações básicas para criar itens inéditos.
O que é IA generativa?
A IA generativa é um sistema capaz de criar conteúdos novos, tais como músicas, imagens e textos, de forma autônoma. Dessa forma, diferem daquilo o que é IA geral, que serve para realizar e resolver problemas específicos.
Nesse contexto, há diferentes tipos de métodos, ou seja, modos como o sistema cria as mídias. Um exemplo são as redes adversariais que, em resumo, possuem duas frentes:
- uma gera as imagens, por isso, recebe o nome de gerador;
- o outro, discriminador, tenta distinguir se é uma imagem real ou artificial.
À medida que o sistema evolui, a tarefa do discriminador fica mais difícil, ou seja, o objetivo é que ele não seja capaz de definir se a imagem é ou não artificial.
Também há os sistemas de geração de linguagem, que servem para criação de textos que simulam criações humanas. Um dos exemplos mais comuns é o ChatGPT, mas há ainda outros como o:
- Jasper;
- Gemini.
As formas de criar com a IA são inúmeras, e incluem também sistemas que geram códigos para programas e apps, por exemplo.
Quais são os principais tipos de IA que existem?
A IA inteligência artificial pode ser de três tipos, a saber: limitada, geral ou superinteligência, de acordo com quão complexas são as tarefas que pode realizar. A seguir, entenda os detalhes e exemplos da aplicação de cada um deles.
IA limitada
Esse modelo executa tarefas específicas em um domínio, mas ainda assim, podem aprender e a entender a linguagem natural. Esse tipo de inteligência está presente, por exemplo, em:
- assistentes virtuais, como Siri e Alexa;
- sistemas de indicação em streamings, como Netflix, HBO, entre outros;
- chatbots que atendem clientes.
Outro exemplo do uso desse recurso são os sistemas que reconhecem imagens. Seja para diagnóstico médico, leitura facial ou para identificar conteúdos impróprios, eles são feitos para identificar certos padrões para uma tarefa em especial.
Inteligência artificial geral
Também chamada de inteligência artificial forte ou humana, essa é aquela capaz de realizar tarefas mais complexas, como aprender e raciocinar em um nível muito próximo do humano.
Esse tipo de inteligência pode fazer relações lógicas e até mesmo tomar decisões com base nos dados que analisa. Além disso, possuem um certo grau de consciência para entender o contexto de uma pergunta.
Isso faz com que elas possam entender, por exemplo, um tipo de dado que não podem revelar em razão de questões de segurança definidos em seu treinamento.
Superinteligência
Esse tipo ainda é uma hipótese, que muitos estudiosos creem que pode ser um próximo passo da IA. Ela seria capaz de superar o raciocínio humano, tendo uma compreensão profunda do mundo e capaz de criar de forma ilimitada.
Embora alguns achem que essa seria a melhor IA, a questão abre debates éticos sobre como controlar uma inteligência tão poderosa e qual seria o impacto na sociedade.
Quais atividades uma IA pode realizar?
O campo de atuação da IA é muito vasto, uma vez que é capaz de automatizar tarefas em várias áreas, como a criação de textos e imagens e organização e análise de dados, por exemplo.
Logo, esse tipo de recurso pode servir para realizar tarefas repetitivas, que para humanos levaria horas, em questão de minutos. Além disso, pode atuar em áreas como a medicina, na detecção precoce de doenças.
Ela também pode ajudar em projetos criativos, desde a criação de imagens e vídeos com base em prompts com descrições detalhadas até a edição e ajustes de forma rápida.
Outra opção seria o uso dessa tecnologia na educação, a fim de personalizar os conteúdos conforme o avanço de cada aluno.
Substituição de postos de trabalho
A inteligência artificial e o impacto nos empregos e profissões ainda é um tema que gera muitas discussões. Afinal, à medida que o uso desse recurso se torna mais amplo, pode substituir por completo certas funções.
Para alguns, no entanto, isso traria uma mudança, mas poderia gerar novos tipos de trabalhos. No entanto, isso também requer ações para preparar as pessoas para lidar com as novas ferramentas no futuro.
Uma IA pode conversar com a outra?
Um estudo recente feito pela Universidade de Genebra, conseguiu criar uma IA capaz de aprender uma tarefa do zero e ainda ensinar a outra inteligência artificial os comandos para executar a mesma ação.
Como constou no estudo, em animais, para aprender uma nova tarefa é preciso usar a repetição até fixar uma ação, porque não dispõe da linguagem. Os humanos, por outro lado, podem executar um comando e ainda repassá-lo para os demais.
Foi o que se tentou replicar no estudo em questão. Por isso, uma inteligência recebeu tarefas novas, que foi capaz de executar com base na compreensão semântica. Após, teve êxito em enviar os comandos para outro sistema que usa IA.
Esse é um avanço no ramo, uma vez que foi simulou com sucesso uma ação inata humana, ou seja, de aprender uma nova função sem um treinamento prévio.
Como funcionou o experimento?
Segundo o estudo, que está na Revista Nature Neuroscience, os cientistas criaram uma rede neural, de nome S-Bert. Ela é capaz de entender a linguagem e tem cerca de 300 milhões de neurônios.
Em seguida, ela foi treinada para transcrever as tarefas em palavras e se conectou a uma segunda rede, uma cópia sua. Então, ela foi capaz de repassar os comandos, reproduzidos com sucesso.
Os resultados, aliás, causaram surpresa na equipe, uma vez que só com os comandos em texto atingiu um índice de acerto de 83%.
Quais são os usos para o recurso de conversas entre IAs?
No estágio atual da inteligência artificial, os sistemas podem gerar textos e imagens, no entanto, ainda não conseguem explicar a mesma ação para outra IA fazer uma mesma tarefa.
O sucesso nesse estudo traz novas forma de integrar sistemas que usam essa tecnologia, criando uma rede muito mais ampla.
Essa descoberta também pode ser um grande passo no campo da robótica, porque robôs autônomos poderiam interagir com humanos e também entre si, por exemplo.
Vale lembrar, que o estudo usou todos os comandos apenas na língua inglesa. Mas, com o avanço nas pesquisas, isso pode abranger também a opção de trocas em idiomas diferentes.
O que esperar para o futuro da IA?
A tendência é que a IA esteja cada vez mais comum no dia a dia das pessoas, tanto dentro das empresas, como na escola, no trânsito e dentro de casa, com dispositivos inteligentes, por exemplo.
Ela também deve gerar uma mudança na indústria, que já recebe o nome de 4ª Revolução Industrial. Nesse contexto, deve não só aumentar a produção, mas também ajudar a reduzir o impacto no meio ambiente, com uma gestão inteligente.
Isso traz algumas questões urgentes, como a forma de regular o uso da tecnologia, uma vez que trabalha com bases de dados variadas. Assim, é essencial que os criadores mantenham um nível de transparência acerca dos limites e usos dessas informações.
Também é preciso aumentar o nível de consciência das pessoas a respeito do uso dessa ferramenta. Em especial, em relação a possíveis vieses que cada sistema pode apresentar, de acordo com a forma como é treinado.