A Neuralink, empresa do famoso Elon Musk, fez o seu primeiro implante cerebral em um humano. De fato, isso pode significar um avanço enorme no universo da tecnologia. Por isso, vale entender como isso vai impactar o mundo da ciência e os próximos passos.
O que é a Neuralink e qual é o seu real objetivo?
A Neuralink é uma startup criada em 2017 pelo empresário Elon Musk. Então, o grande objetivo dessa companhia é criar uma interface entre o cérebro humano e o computador.
Uma das ideias é recuperar pessoas com lesões e traumas graves para terem mais liberdade. Isso porque elas poderiam usar telefones e computadores usando a mente.
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Essa é uma meta muito abstrata para alguns profissionais de tecnologia. De toda forma, a empresa pretende implantar eletrodos no cérebro para isso seja possível.
Primeiro implante cerebral em um ser humano
No dia 28 de janeiro de 2024, aconteceu o primeiro implante cerebral em humano. Além disso, foi aqui onde Musk manifestou pela primeira vez o nome do dispositivo implantando, que será Telepatia. Até então, ele não disse nada sobre o assunto.
Algo inédito na história? Nem tanto
Ao contrário do que a maioria das pessoas acredita, isso não é algo tão novo assim. Embora pareça assustador, esse tipo de procedimento já foi feito antes. Afinal, a própria Neuralink se baseou nos muitos anos de avanço tecnológica para chegar nesse ponto.
Já existiam diversos artigos e pesquisas que falam sobre implantar eletrodos no cérebro para tratar doenças, como, por exemplo:
- Parkinson;
- Paralisias;
- Epilepsia;
- Sequelas traumáticas.
Inclusive, em 2004 aconteceu o primeiro procedimento relacionado a isso. O dispositivo conhecido como Utah array, foi aplicado em um ser humano. Assim, logo após diversos outros concorrentes entraram nessa jornada.
Precision Neuroscience e Synchron são bons exemplos disso, portanto, muitos outros profissionais já trabalharam nesse ramo. O que por si só já dá uma bagagem de dados para a companhia de Musk avaliar e aproveitar.
A empresa tem autorização para o procedimento?
A empresa em questão conseguiu uma autorização com o FDA, a agência nacional de saúde dos EUA, que seria o equivalente à ANVISA no Brasil. Só assim, ela pode seguir em frente com o experimento em humanos.
Elon Musk e seu time apresentaram os resultados de testes que haviam feito em animais. Inclusive, essa ação gerou uma série de críticas, tendo em vista a exploração dos bichos. De todo modo, isso foi mostrado para os médicos da instituição.
Mesmo assim, vários profissionais da área também criticaram essa autorização. Afinal, seguindo eles, muitas dessas cirurgias tinham dado errado. No entanto, mesmo em meio aos debates, o FDA deu seu aval para o procedimento.
Qual é o grande diferencial da criação da Neuralink?
O diferencial desse dispositivo da Neuralink é que ele possui mais de mil eletrodos. Dessa forma, é muito mais potente do que outros implantes já feitos. Além disso, ele foca em atingir neurônios individuais.
Outros dispositivos em criação têm como alvo um grupo de neurônios. Assim, a ideia da empresa é trabalhar nesse aspecto para se garantir uma maior precisão no experimento.
Como ele funciona na prática?
De modo geral, é simples: o implante permite aplicar o chip e outros elementos no cérebro humano. Dessa forma, isso gera uma espécie de comunicação sem fio, cujos dados são enviados para o Neuralink.
Esse último tem a função de transformar as intenções em ações práticas. Além disso, o dispositivo não precisa de fios para carregar. Vale deixar claro ainda que a empresa criou um robô apenas para fazer esse procedimento de aplicação.
Quais são as reais perspectivas da Neuralink?
A ideia inicial da empresa é ajudar pessoas com paralisias e traumas. No entanto, Musk é muito mais ambicioso que isso, e acredita que com o tempo e as devidas adaptações, o chip poderá auxiliar quem sofre de perda visual e auditiva.
O bilionário ainda espera que o dispositivo seja usado para outros fins. Então, ele deseja que o implante em si contribua de forma ativa para cenários bem mais futuristas. Um exemplo disso é a fusão de um cérebro humano com uma inteligência artificial.
Primeiro teste em humano da empresa
Esse teste teve como foco entender o comportamento do dispositivo. Assim, a empresa quer ter uma noção completa de qual o design correto para ele. Em 2023, a Neuralink afirmou que faria cerca de 11 cirurgias em 2024.
Mesmo assim, essa é uma previsão muito otimista. Então, o mais correto é aguardar os próximos meses para ver como a companhia irá lidar com isso.
Tempo do estudo
Uma das coisas que mais chama atenção nesse assunto é o tempo de estudo. Afinal, por ser algo considerado grandioso, muitos acreditam que isso demora bastante. No entanto, esse tipo de pesquisa conta com até 10 pacientes e dura cerca de 12 meses.
Agora, o próximo passo é a análise da viabilidade, a qual é um ponto crucial em todo esse processo. Assim, esse último é muito parecido com um estudo de fase 3 para qualquer medicação.
Caso tudo ocorra como previsto, a empresa deverá passar para a outra etapa do processo. É a parte de comercializar o dispositivo Telepatia, no entanto, acredita-se que isso deve levar entre 5 e 10 anos para acontecer de fato.
O que se pode esperar dessa novidade da Neuralink?
A perspectiva é que os objetivos da Neuralink sejam alcançados. Afinal, seria um avanço poder ajudar pessoas paralisadas a terem mais autonomia. Com relação às expectativas de Elon Musk, é necessário ir com calma.
Isso porque criar um dispositivo capaz de unir cérebro humano e IA é algo que atinge outro patamar. Inclusive, muitos cientistas acreditam que isso ainda vai demorar muito tempo para acontecer.
Ambição x realidade
Quando se trata de algo tão grandioso é preciso saber equilibrar ambição e realidade. No entanto, não se pode dizer que isso é um sonho impossível, pelo contrário.
Outras companhias também estão trabalhando em algo parecido. Dessa forma, ainda tem muita coisa para ser descoberta, explorada e compreendida.
Dito isso, o que resta é ficar de olho em todas as novidades divulgadas pelas empresas. Assim, fica mais fácil entender o que o futuro aguarda.