A neurocirurgia é um segmento da medicina que trata uma série de doenças. Assim, cada vez mais pesquisadores investem em tecnologias para inovar na área. Então, conheça aqui os novos adesivos inspirados em lesmas e veja como eles podem ajudar neste caso.
O que é neurocirurgia?
Consiste em uma especialidade médica que cuida de doenças do sistema nervoso periférico e central. Além disso, essas condições precisam de alguma intervenção cirúrgica. Dessa forma, elas podem afetar diversas regiões do corpo.
De modo mais específico, impacta a coluna, o cérebro e os nervos. Assim, quem trabalha nessa área, costuma lidar com doenças graves como, por exemplo:
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- aneurismas;
- hidrocefalia;
- tumores;
- traumatismos;
- hérnia de disco;
- malformações em geral.
Boa parte das condições neurológicas podem ser controladas com medicação. No entanto, a neurocirurgia entra quando isso não é o bastante.
Os 4 tipos de neurocirurgia
Existem vários tipos de cirurgias nessa especialidade e elas variam conforme a doença. Então, conheça logo abaixo os mais famosos procedimentos.
1- Cirurgias espinhais
Trata dos ossos e dos discos que fazem parte da formação da coluna. Assim, ajuda muito pacientes que sofrem de protusão de disco, dores crônicas nas costas e hérnia de disco.
2- Intervenções cranianas
Cuida de doenças cerebrais, como o AVC e casos onde o fluxo sanguíneo no cérebro é interrompido. Ainda mais, é responsável por lidar com malformações venosas e tumores cranianos.
3- Procedimentos funcionais
Esse tipo de cirurgia cuida das questões que impactam o funcionamento do sistema nervoso, isso quando o paciente não responde bem às medicações. Além disso, é muito comum em casos de dor crônica e doenças psiquiátricas avançadas.
4- Cirurgias nos nervos periféricos
Como o nome já entrega, trata de lesões nos nervos periféricos. Assim, é mais realizada em locais como braço, pernas e rosto.
Quais doenças essa área costuma tratar no dia a dia?
Fora as condições mais gerais citadas acima, essa área cuida de algumas enfermidades. Então, conheça algumas delas:
- hemorragias cerebrais;
- estenose espinhal;
- escoliose;
- transtornos do movimento;
- epilepsia;
- AVC;
- neuralgia do trigêmeo;
- síndrome do túnel do carpo.
Muitas pessoas não conhecem diversas condições que essa especialidade trata, como a neuralgia do trigêmeo. Afinal, algumas são raras e pouco faladas. De toda forma, a neurocirurgia precisa sempre inovar nos seus métodos de tratamentos e intervenções.
Como os adesivos inspirados em lesmas ajudam a área de neurocirurgia?
O grande objetivo desses adesivos é selar as incisões feitas nas cirurgias. Dessa forma, eles podem evitar diversas complicações que podem matar o paciente.
Durante uma cirurgia no cérebro, o médico precisa atingir uma camada chamada de dura-máter. Assim, ela é uma espécie de obstáculo biológico cuja função é proteger a espinha e o cérebro.
Inclusive, é nessa camada que flui o líquido cefalorraquidiano. Então, quando ele vaza, gera uma série de complicações neurológicas, muitas vezes fatais.
Após o fim do procedimento, o médico precisa fechar bem o corte feito na dura-máter. Portanto, isso é feito por meio de suturas e incertos. No entanto, em alguns casos, isso não é o bastante para evitar um vazamento.
DTA, uma solução inovadora que pode revolucionar a medicina
Foi pensando nesse problema que os cientistas criaram o DTA, adesivo resistente Dural. Além disso, a lesma Dusky Arion foi a grande inspiração nesse projeto. Isso porque, ela se prende em áreas para não sofrer com ataques de predadores.
Para isso, os pesquisadores estudaram as substâncias que dão essa propriedade para a lesma. Dessa forma, eles encontraram uma espécie de hidrogel que conta com duas redes de polímeros.
Enquanto uma dá elasticidade, a outra confere resistência e alta capacidade de adaptação. Portanto, o adesivo consegue oferecer essas mesmas propriedades. Na neurocirurgia, isso pode salvar muitas vidas.
O adesivo não conta apenas com um hidrogel. Então, ele também tem uma camada de quitosana. Essa última é muito encontrada em crustáceos em geral.
Com todos esses recursos, o DTA se cola em superfícies molhadas. Dessa forma, nem mesmo altas pressões podem fazê-lo se soltar.
Uma solução com diversos intuitos
Ao contrário do que alguns acreditam, essa tecnologia foi feita com outro objetivo no início. Assim, ela teria a função de servir como suturas em tendões e tubo neural de bebês. No entanto, com o tempo, os pesquisadores enxergaram o potencial disso na neurocirurgia.
O DTA funciona mesmo?
Alguns testes in vitro já foram realizados em ratos e porcos. Então, de modo geral, ele se mostrou mais eficaz do que os selantes usados em cirurgias hoje. Ainda mais, suportou pressões mais altas antes de se romper.
No caso dos ratos, o adesivo suportou bem até 4 semanas e só causou pequenas irritações. Já nos porcos, o DTA não vazou mediante pressões leve, em comparação com os selantes tradicionais.
Também foi usado um tecido humano cadavérico para testar o adesivo. Assim, ele também resistiu ao aumento de pressão no crânio. Todo o estudo foi liderado pelo cientista David Mooney.
Segundo ele, o DTA representa um avanço muito grande no ramo das cirurgias cerebrais. Afinal, ele se mostrou muito eficaz no seu propósito. Então, ele acredita que a criação será capaz de reduzir os riscos que esse tipo de intervenção traz.
Quando o DTA será de fato usado em humanos?
Esse tipo de invenção precisa seguir um protocolo meticuloso. Dessa forma, são muitos testes e ajustes que devem ser feitos durante o estudo. No entanto, os testes in vitro se mostraram muito promissores.
Com isso, acredita-se que os próximos passos serão dados logo. Assim, quem sabe em pouco tempo, o adesivo já poderá ser usado de forma segura na neurocirurgia.
Vale a pena investir em inovações na área de neurocirurgia?
Esse é um ramo da medicina que faz procedimentos invasivos na maioria das vezes. Então, investir em soluções que reduzem os riscos que as cirurgias trazem é essencial. Isso ajuda os médicos a realizarem os processos de forma mais segura.
Fora que tendências tecnológicas e inovações como o DTA são muito importantes para preservar a vida dos pacientes. Dessa forma, espera-se que nos próximos anos, outras invenções apareçam. Isso não só nessa área, mas dentro de toda a medicina.