Stealth é um termo que aparece com certa frequência em publicações relacionadas à tecnologia, mas poucas pessoas sabem o que significa. Por isso, vale a pena entender melhor onde surgiu, quais são os tipos de dispositivos que recebem esse nome e o porquê.
O que significa o termo stealth?
Stealth tradução quer dizer furtivo ou oculto, ou seja, algo que é difícil de identificar à primeira vista, ou que fica escondido. Assim, a palavra é usada para designar tecnologias ou técnicas que tentam passar despercebidas.
Isso pode ocorrer tanto em softwares, que conseguem burlar a segurança do sistema, como com objetos. Nesse contexto, se destaca a indústria bélica, que cria aviões, tanques e outros veículos, que podem ficar quase imperceptíveis em algumas situações.
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Como funciona a tecnologia stealth no meio digital?
No ramo da tecnologia, o termo stealth é comum em softwares maliciosos, os malwares, que infectam computadores e celulares. Para não serem detectados pelo antivírus, esse tipo de programa pode usar diferentes técnicas, tais como:
- sair temporariamente do arquivo infectado;
- alterar o tamanho do documento que infectou;
- criar uma cópia em outra unidade e restaurar o arquivo de origem.
Sistemas de áudio
Nesse caso, usa-se a tecnologia de propagação do som para garantir uma boa experiência de áudio e, ao mesmo tempo, esconder as caixas de som. Por isso, essa opção vem ganhando presença em projetos arquitetônicos para espaços como:
- auditórios;
- salas de reuniões;
- shoppings e aeroportos.
Esse tipo de solução também pode ser aplicada em ambientes domésticos, com uso de caixas de som de embutir. Com uma construção que não atrapalha a distribuição do som, elas criam uma experiência envolvente, mas são imperceptíveis na decoração.
Como são os equipamentos stealth?
No caso de objetos, como aviões e veículos stealth, por exemplo, a construção pode usar materiais que evitam a reflexão da luz solar, ou ainda, que bloqueiam os sinais térmicos. Dessa forma, conseguem escapar de radares e sensores.
No Brasil, o Instituto de Aeronáutica criou um processo de pintura stealth para aviões. Em resumo, o material que reveste a aeronave absorve a energia eletromagnética enviada por radares inimigos e faz a conversão em energia térmica.
A mesma tecnologia também pode ser empregada em outras áreas, como para a blindagem de equipamentos, por exemplo.
Caça F-117 Nighthawk
Esse modelo, que entrou para a frota dos Estados Unidos, é um dos mais famosos quando se fala em aviões furtivos. Ele é um bimotor com um único assento e ganhou destaque pelo uso durante a Guerra do Golfo, para fins de bombardeios.
Ele possui um design diferenciado, com formas de polígonos, o que tem a função de dificultar a detecção por radar. Além disso, recebeu a pintura na cor preta, ideal para voos noturnos.
Mesmo com as limitações existentes na época, apenas um avião desse modelo foi abatido em combate. Desde 2008, as Forças Aéreas americanas aposentaram o F-117 porque já era obsoleto.
Evolução dos aviões furtivos
Na esteira do F-117, outros países como China e Rússia, criaram seus próprios projetos para criação de modelos com essa tecnologia. Mesmo os EUA trabalharam em projetos para melhorar os equipamentos disponíveis.
Os chineses avançaram nessa área e lançaram em meados de 2017, o modelo funcional J-20. Os Estados Unidos, por sua vez, lançaram no mesmo período o F-22, que teve uma vida curta, e na sequência o F-35.
Esses dois novos modelos romperam com o design extravagante do Nigthhawk e voltaram a usar os modelos de asas regulares para os caças. Assim, tinham um ganho em velocidade em relação ao modelo anterior.
Qual é o avião stealth mais caro do mundo?
Com um design futurista, o B-2 é um modelo stealth, criado pela empresa Northrop Grumman. Ele surgiu na década de 1980 para atender a Força Aérea norte-americana, com uma produção de apenas 20 unidades.
Com linhas curvas, ele tem como diferenciais a alta velocidade, bem como, o fato de ser capaz de voar mais de 18 mil quilômetros sem reabastecer. Estima-se que o projeto de um único avião militar custou mais de U$ 2 bilhões, por isso, é o mais caro da aviação bélica.
Em 2022, a mesma empresa apresentou uma versão mais moderna desse modelo, o B-21 Raider, com custo de cerca de U$ 700 milhões. Ele manteve a autonomia de voo e promete voar e ultrapassar linhas inimigas sem que os radares o notem.
Esse foi o primeiro avião que teve um lançamento público, porque seria uma resposta à China em uma demonstração de poderio militar.
Quais são os riscos do uso de dispositivos stealth?
O uso da tecnologia stealth abre muitas discussões sobre a ética, uma vez que traz riscos pela utilização indevida, como para a espionagem, por exemplo.
Outro ponto que gera polêmica é a criação de dispositivos invisíveis que seriam capazes de adentrar fronteiras de outros países sem que os radares percebam. Por isso, há um receio de que isso possa escalar conflitos a nível mundial.