O aporte pode ocorrer em vários momentos da existência de uma empresa, como no início das atividades ou para aproveitar uma oportunidade de negócio. Por isso, é importante saber quais são as formas de obter capital e conseguir crescer.
O que é aporte?
O termo aporte significa subsídios, ou seja, consiste em aplicar recursos financeiros em um investimento ou negócio. Assim, ele está presente em diferentes contextos, a saber:
- aumentar o valor em uma carteira de investimentos, por exemplo;
- aportar dinheiro em uma empresa.
Conforme a situação e os objetivos de quem investe, pode ocorrer um único aporte financeiro, ou fazê-lo de forma recorrente. Em qualquer um dos casos, o investidor espera um retorno futuro, seja no pagamento de dividendos, juros ou uma participação acionária.
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Quais são os tipos de aporte?
Após entender o que é aporte, vale saber que ele pode ter vários tipos, como o feito por sócios, capital externo, entre outros. A diferença entre eles está, em resumo, no tipo de participação na empresa e também na forma como o investidor obtém retorno.
A seguir, conheça os detalhes dos principais modelos de aplicação de capital em empresas, bem como, as vantagens e desvantagens de cada um.
Aporte de sócios
Esse é o tipo de aporte mais comum, que ocorre quando os sócios que abrem uma empresa, ou entram para o quadro societário mais tarde, aplicam parte do seu patrimônio pessoal.
Isso pode ocorrer, por exemplo, no momento em que se abre a empresa e cada um contribui com um valor. Dessa forma, poderão receber uma quota das ações que represente o valor que aportou.
Isso pode definir os sócios maioritários ou minoritários e os poderes de gestão dentro da empresa. Embora limite os recursos que ela pode levantar, é uma opção que mantém o controle do negócio entre os sócios, sem ordens externas.
Capital externo
Nesse caso, o aporte vem de fontes externas, que podem ser do mesmo país ou do exterior. Isso pode ocorrer por meio de investidores individuais, bem como, por outras companhias que tenham interesse em um certo projeto.
Investidor-anjo
O termo se tornou muito popular no mundo das startups e é usado para o investidor que aporta valores em uma empresa, mas, em regra, não entra para o contrato social. Na maior parte dos casos, isso ocorre em empresas que estão na fase inicial.
Um ponto comum desse tipo de investidor é que além do capital, também investe seu conhecimento técnico nos negócios para orientar a empresa em que investe. Dessa forma, consegue melhorar as práticas e crescer mais rápido.
Fundos de investimento
Nesse formato, experts em negócios reúnem vários investidores e arrecadam o capital. Então, investem esses valores em empresas que creem ter um bom potencial de retorno financeiro.
Há opções no mercado que focam em um certo ramo de negócio, como no setor imobiliário, agrário, tecnologia, saúde, entre outros.
Campanhas de crowdfunding
Outra forma de obter recursos para o negócio é por meio de campanhas para levantar fundos. Em geral, isso funciona bem com empresas que têm negócios com impacto social ou ambiental, por exemplo, que conseguem engajar o público a contribuir.
Esse processo pode ocorrer tanto no formato de doações como recompensas pela contribuição, além de empréstimos.
O IPO é um tipo de aporte para empresas?
O IPO ou Oferta Pública Inicial, na tradução, é um meio de obter aporte para um negócio. Em resumo, isso ocorre quando uma empresa privada decide abrir seu capital e coloca ações à venda na bolsa de valores.
Com isso, consegue arrecadar um montante na primeira rodada de investimentos, que vai servir para aplicar em projetos para crescer o negócio, tais como:
- compra de outras empresas;
- criar um novo produto no mercado.
Essa opção, no entanto, só é viável para empresas que já têm um porte maior, uma vez que é preciso passar por uma extensa auditoria antes de poder vender papéis na bolsa.
Qual é a importância do aporte para as startups?
O aporte de capital é um elemento essencial em uma startup, porque permite iniciar as atividades ou crescer o negócio, conforme o momento da empresa. Afinal, em cada etapa é preciso ter recursos para realizar atividades como:
- validar o produto ou solução no mercado;
- divulgar por meio de campanhas de marketing;
- criação ou expansão de uma plataforma;
- ampliação de estrutura.
No caso de startups em sua fase inicial, o mais comum é recorrer a investidores-anjo, pessoas com recursos e conhecimento em negócios que aplicam valores para viabilizar o projeto.
As empresas já em atividade, com potencial para crescer, mas que ainda não atingiram o faturamento que se espera, podem recorrer a fundos de venture capital, por exemplo. Eles têm um maior risco, porque aplicam valores em negócios ainda em expansão.
Por fim, aquelas startups que já validaram o modelo de negócio, mas precisam de valores para expandir seus projetos, podem obter capital em fundos de equity. Esse modelo permite levantar os recursos necessários de forma mais rápida.
Como obter um aporte financeiro para a empresa?
Para aumentar as chances de obter um aporte para a empresa, é preciso primeiro ter um objetivo claro e saber qual é o montante que precisa para executar. Além disso, também é importante criar um plano que preveja:
- onde vai aplicar os recursos;
- estimativa de prazo para concluir o projeto;
- retorno que espera obter.
É essencial fazer projeções realistas, porque isso pode aumentar a confiança dos investidores. Também vale a pena incluir dados de pesquisas de mercado e cases similares, que apontam que o projeto é viável, por exemplo.
Outro ponto importante para elaborar um pitch de sucesso é estudar o tipo de investidor com o qual vai falar. Dessa forma, pode escolher os argumentos ideais para convencer os interessados.
Boa gestão financeira
Manter os registros contábeis e financeiros em dia é essencial, a fim de trazer transparência para quem investe. Isso porque, em caso de aportes altos, é comum que o interessado faça uma análise de due dilligence antes de decidir aplicar valores em um negócio.
Para isso, é essencial ter o auxílio de um contador ou escritório contábil, responsável por enviar as declarações obrigatórias para cada tipo de empresa, além de manter a situação tributária da mesma em dia.
ESG
O ESG é um conjunto de ações que abrange as áreas ambiental, social e de governança de uma empresa. Esses três pilares orientam a atuação do negócio para ser sustentável.
Esse pode ser um grande diferencial para obter investimentos, uma vez que ter uma produção com impacto positivo na sociedade é uma das tendências do mercado.
Networking
Para ter contato com pessoas aptas a realizarem investimentos em startups, por exemplo, é preciso criar uma boa rede de networking. Por isso, vale a pena participar de eventos na área, que divulguem novos negócios que podem chamar a atenção.
As aceleradoras de startups também têm um papel importante para fazer a conexão entre ideias de negócios e investidores na área, o que pode ampliar as chances de arrecadar fundos.
O que fazer ao receber um aporte?
Ao receber um aporte, é preciso ter cuidado para aplicar o valor de forma consciente para conseguir bons resultados. Por isso, vale pensar em opções que permitam escalar o negócio, ou seja, aumentar a presença no mercado, sem inflar a estrutura.
Uma das formas de fazer isso é aplicar tecnologia para automação de processos, além de investir em marketing para aumentar a base de clientes, além de realizar uma pesquisa de produtos para atender demandas que existem no mercado.
Também é crucial analisar os impactos que essa expansão vai trazer em outras áreas e se preparar para novas situações. Por exemplo, ao ter mais receitas, é natural que a carga de tributos também aumente.
Nesse contexto, a empresa pode estudar eventuais mudanças no regime tributário para reduzir os encargos na operação.
Alinhe expectativas
Ao se receber um capital externo, seja qual for a fonte, é natural que quem investiu queira ver um retorno. No entanto, como se sabe, isso envolve muitos fatores e nem sempre se concretiza, ou leva mais tempo do que o esperado.
Logo, é preciso manter um diálogo aberto com o investidor, para mostrar quais são as etapas do plano de ação e mostrar os resultados parciais para ter transparência.
No caso de um investidor-anjo ou uma companhia parceira, esse contato tende a ser mais próximo do que quando se obtém recursos de fundos e venda de ações. Ainda assim, a empresa deve emitir relatórios periódicos.
Importância da gestão de finanças
O setor financeiro tem um papel fundamental tanto na fase prévia da obtenção de aportes como após receber os valores. Isso porque, manter o controle das entradas e saídas, bem como a organização dos documentos, ajuda muito em caso de auditorias externas.
O gestor de finanças tem o dever de manter a empresa sempre em dia, com os tributos e evitar práticas como a sonegação. Afinal, essas situações podem trazer sérios prejuízos à empresa e a quem investe dinheiro nela.
Por conta disso, é essencial ter uma pessoa competente para ocupar a posição, de preferência com conhecimento no mercado. Dessa forma, pode atuar também como conselheiro em relação a decisões que envolvam gastos.