O termo fintechs está cada vez mais popular em todo o mundo. Afinal, esse tipo de empresa une a tecnologia e o mercado financeiro. Então, é essencial entender o que é e conhecer os maiores cases mundiais.
Elas têm mudado o mercado e o Brasil também faz parte, com empresas entre as principais do mundo. Por exemplo, Nubank e Guiabolso. A seguir, veja como elas impactam o modelo tradicional dos serviços financeiros.
O que são fintechs?
As fintechs são empresas que usam a tecnologia de uma forma inovadora em seus produtos financeiros. Além disso, tem como foco oferecer a melhor experiência para os usuários e atender o que precisam.
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Já são mais de 1200 empresas em todo o país, de acordo com o Inside Fintech, feito pela Distrito em 2022. Inclusive, a tendência deste setor é de mais expansão nos próximos anos, com planos muito positivos.
Qual a proposta dessas instituições?
Elas surgem no mercado devido à escassez de crédito e altas taxas de juros dos bancos. A facilidade e desburocratização do serviço bancário também são fatores importantes nesse sentido.
Com isso, tem a proposta de desafiar empresas tradicionais, com a oferta de serviços mais baratos, simples, com mais qualidade e inovação.
Foto: As fintechs usam a tecnologia para inovar em produtos e serviços
Os tipos de fintechs que existem
Pode-se dividir as fintechs em 14 tipos operantes. Assim, já são 1289 empresas no Brasil, em áreas como:
- Crédito, Meios de Pagamento, Backoffice;
- Serviços Digitais, Tecnologia e Criptomoedas;
- Investimentos, Risco e Compliance e Fidelização;
- Crowdfunding, Dívidas e Câmbio;
- Por fim, as de Cartões.
Esses tipos foram elencados no Fintech Report de 2022. Aliás, o setor de Insurtech, que antes constava como um tipo de fintech, não está mais. Isso porque, após discussões, ele passa a ser uma nova área.
Por que as fintechs podem revolucionar todo o mercado mundial?
Para muitos empresários não há dúvidas de que as fintechs podem revolucionar todo o mercado mundial. Afinal, possuem operações mais enxutas, feitas em sua maioria de modo online. Assim, desafiam todo o modelo tradicional atual.
Os clientes começam a ver nelas uma proposta mais simples, prática e tecnológica. Além disso, seus produtos e serviços chegam por meio de ofertas de soluções rápidas, que atendem o perfil do usuário da era digital.
Dentre essas empresas há três categorias que têm mais aceitação do público, logo, são mais procurados:
- Crédito, com pelo menos 220 empresas;
- Meios de pagamento, com 185;
- Por fim, Backoffice, com 183.
O surgimento dessas empresas aceleram a inovação e aumentam a competição no mercado. Com isso, até as empresas mais sólidas e tradicionais precisam criar novas propostas e soluções para atrair o público.
Um poço de inovação
Não há como negar que a inovação é o grande diferencial de uma fintech. Afinal, os responsáveis pela empresa usam a tecnologia para aprimorar os processos e serviços. Assim, entregam soluções inovadoras e práticas para seu público-alvo.
Algumas das maiores fintechs do Brasil e do mundo
Para entender melhor sobre as fintechs é ideal conhecer as que mais tem se destacado no mercado. Aliás, dentre as maiores, de acordo com uma pesquisa da Rock Content, tem-se:
- Méliuz;
- Nubank;
- Ant Financial;
- Guiabolso;
- SoFi;
- Coinbase;
- Por fim, TransferWise.
A seguir, conheça um pouco mais sobre a história de cada uma dessas empresas. Bem como, entenda quais os serviços e produtos oferecidos ao público e como foi sua aceitação no mercado mundial.
1 – Méliuz
Essa empresa brasileira é conhecida pelo serviço de cashback. Ou seja, o consumidor compra um produto e recebe parte do dinheiro de volta. Assim, esta foi uma opção que seus sócios encontraram para os antigos modelos de fidelidade.
Lojas físicas e e-commerces são os negócios que mais apostam nesta tendência. Afinal, de forma simples, conseguem fazer uma oferta muito atrativa para os clientes. Mas, ainda possuem uma gestão enxuta e inovadora.
2 – Nubank, uma das maiores fintechs do mundo
Uma das fintechs mais conhecidas no mundo é o Nubank, empresa brasileira fundada em 2014. A princípio, começou sua oferta de serviços com um cartão de crédito que não tinha anuidade e com taxas menores do que as praticadas no mercado.
Seu serviço é 100% digital, portanto, os clientes não precisam procurar agências físicas. Pelo celular, ao baixar o aplicativo, conseguem ter acesso a todos os serviços, desde a criação de contas até investimentos.
Um pouco da história da empresa
David Vélez, Cristina Junqueira e Edward Wible, criadores da empresa, foram motivados pelas péssimas experiências que tiveram com os bancos tradicionais no Brasil. Afinal, além de altas taxas, o atendimento não era de qualidade.
Com bons aportes financeiros, a empresa cresceu. Com isso, novos serviços foram agregados e em 2016 já possui mais de 8 milhões de pedidos de seu cartão de crédito. Aliás, em 2018 chegou à marca de unicórnio, com valor de mais de US$ 4 bilhões.
3 – Ant Financial
É a fintech mais valiosa de todo o mundo e concorrente do Paypal. Tem como atuação os meios de pagamentos descomplicados. Assim, seus usuários não precisam pagar ao usar dinheiro ou cartão, mas sim os QR Codes.
Seu meio de pagamento é conhecido como Alipay. Mas, a empresa criada por Alibaba e Jack Ma, passa por uma reestruturação de negócio. Isso se dá, especialmente, pelo governo chinês e as empresas de internet no país.
Fintech chinesa
A China é um país muito rigoroso e com regras severas para a criação e condução de empresas. Portanto, pressionada pelo governo, a fintech deve passar a ter a supervisão do banco central chinês.
Essa mudança pode fazer com que a Ant Financial atue em moldes mais tradicionais. Com isso, coloca em risco o sucesso dessa empresa e a aceitação por parte de seus clientes.
Foto: Nubank e Guiabolso são duas fintechs brasileiras e estão entre as principais no mundo
4 – Guiabolso, uma das fintechs mais famosas
Muito conhecida por ser um aplicativo financeiro, a Guiabolso é uma das maiores fintechs do mundo. Destinada para a gestão pessoal das finanças, em 2015 já contava com mais de um milhão de pessoas ativas.
A solução é bem completa e oferece aos usuários uma gama de serviços, dentre eles, destacam-se:
- Sincronização com contas bancárias;
- Controle de suas finanças;
- Solicitação empréstimos;
- Criação de metas de consumo.
Sua primeira versão foi lançada em 2014 e era apenas para desktop. Mas, com o grande alcance a ações de Marketing, atualmente o aplicativo traz a praticidade buscada pelo público.
Qual a proposta do Guiabolso?
O Guiabolso tem como slogan a frase “soluções financeiras na palma da mão”. Ou seja, deseja que o seu usuário tenha em um único lugar acesso a todas as suas finanças e possa controlar os gastos e ganhos.
5 – SoFi
É uma fintech americana voltada para as linhas de crédito, em especial, a estudantil. Então, durante sua atuação, alcançou a confiança dos usuários. Com isso, traz boas opções para o público e com taxas mais acessíveis.
Conta com uma operação muito confiável, por isso foi um dos primeiros negócios do ramo a ter uma classificação de crédito da Moody’s de AAA. Ou seja, é de alta qualidade e oferece o mais baixo risco.
Originária dos EUA
Como grande parte das fintechs, a SoFi conta com muitos aportes financeiros. Aliás, a empresa americana já levantou mais de US$ 500 milhões apenas de investimentos no Qatar, em 2019.
Só que em 2017, a empresa já havia levantado o mesmo valor pela empresa de private equity Silver Lake, em 2017. Assim, usa das rodadas para continuar seu crescimento.
6 – Coinbase, uma das fintechs americanas
Também americana, a Coinbase é a primeira exchange no mundo que se tornou um unicórnio. Ou seja, foi avaliada em mais de US$ 1 bilhão. Aliás, ela é uma corretora de criptoativos.
Em 2021, ela se concretizou sendo o primeiro IPO do setor. Inclusive, o processo de negociação iniciou com uma cotação a US$ 381.
O aplicativo da empresa esteve no topo de downloads na Apple no ano de 2017. Oferece ao seu público opções promissoras no mercado das criptomoedas, com negociação com o que tem de mais seguro, como o Ethereum e o Bitcoin.
7 – TransferWise
A última empresa da lista é do Reino Unido e tem como objetivo entregar aos usuários uma solução econômica, que seja justa e de fácil uso para as taxas bancárias de remessas para o exterior. Então, usou de uma dor para inovar.
Seus criadores são da Estônia, mas moravam em Londres quando a criaram. O que acontecia é que recebiam em Libras, porém, pagavam suas despesas em Euros. Com isso, perdiam dinheiro.
Nascida no Reino Unido
Baseada em uma dor real do seu público, a empresa tem pilares sólidos, na intermediação da troca de moedas. Dessa forma, a pessoa deposita a sua moeda nativa e o outro usuário recebe na dele.
Nessas transações os clientes pagam apenas as taxas convencionais. Ou seja, o dinheiro não fica desvalorizado e traz até mesmo mais poder de compra para seu público.
E então, o que esperar das fintechs para os próximos anos?
Há grandes expectativas para as fintechs não apenas em 2022. Afinal, o mercado já percebeu que é um negócio lucrativo, portanto há perspectivas de crescimentos em áreas como:
- Ampliação no setor de Criptomoedas;
- Alcance do mercado internacional;
- Open Finance e Open Insurance;
- Atuação em nichos.
O mais certo para este mercado é a consolidação e expansão. Seja a criação de novas empresas ou ampliação das já existentes, esse nicho segue forte e ganha mais espaço em todo o cenário mundial, com impactos positivos.
É dentro desse cenário que os grandes bancos encontram desafios. Dessa forma, se quiserem de fato disputar o mercado com as startups, eles precisam investir em inovação o quanto antes.