A sindicalização nas Big Techs americanas tem ganhado força e apoio de vários funcionários. É a primeira vez que grandes empresas aderem ao sindicato e por isso, geram opiniões contrárias. Portanto, saiba como foi esse processo e qual será seu futuro.
Sindicalização nas Big Techs, um processo inédito
No último mês, uma das unidades da famosa Apple nos Estados Unidos resolveu ter seu sindicato. A notícia é algo inédito, afinal, a marca sempre foi contra o movimento e o próprio país tem economia liberal. Mas, seus empregados têm pensado diferente.
Não é a primeira tentativa
A tentativa de sindicalização nas Big Techs existe há muito tempo, porém nunca teve sucesso. A maioria das grandes empresas americanas não apoia essa mudança, e sempre ganhou nessa disputa. Por exemplo, alguns pontos que os sindicatos pregam são:
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- Salários justos;
- Maior segurança no trabalho;
- Políticas de proteção contra o COVID-19;
- Regulação de conduta;
- Carga horária adequada.
Uma das primeiras Big Techs a aderir ao movimento foi um armazém da Amazon de Nova York, no começo do ano. Agora, outros funcionários de diversas marcas famosas têm apoiado esse avanço também.
Trabalhadores da Apple aprovam sindicalização em Baltimore
Na loja da cidade de Townson, em Maryland, um grupo chamado AppleCORE começou a exigir mudanças. Por exemplo, o aumento de salário, carga de trabalho justa e mais segurança. Desse modo, ganharam mais força com o tempo.
Como isso aconteceu?
Por meio de uma votação feita pelo grupo, os próprios empregados aprovaram a adesão. Assim, com o apoio da maioria, eles agora são parte de um sindicato para lutar a favor de seus direitos.
Votos a favor e contra a sindicalização
O tópico de sindicalização nas Big Techs ainda divide muitas opiniões entre os americanos. Para a maioria dos empresários, ela é uma ameaça, afinal, querem ter o controle total de seu negócio. Mas, não são apenas eles que são contra a ideia.
Ponto de vista dividido
Com a votação feita na filial de Townson, deu para notar que diversos empregados não são a favor. Na equipe de 110 pessoas, 65 apoiaram a adesão e 45 votaram contra. Por fim, quem deu o seu voto positivo, agora participa de uma parte do sindicato.
Mesmo com essa mudança, a quantidade de empresas com esse sistema ainda é bem pequena nos EUA. Por exemplo, a Apple conta com 270 lojas no país, e por enquanto apenas uma aprovou a proposta. No entanto, outras também mostraram querer mudanças.
Sindicalização nas Big Techs e o impacto para a Apple
Grande parte dos empregados celebraram a nova conquista, mas a marca em si se mantém preocupada. Meses antes, a empresa já havia feito alguns anúncios contra a sindicalização nas Big Techs. Assim, falaram para a sua equipe que a mudança causaria:
- Perda de chances de trabalho;
- Menos folgas;
- Carga horária menos flexível;
- Problemas de relação na empresa.
Com a aprovação por meio dos votos, a marca não teve mais como fugir das exigências. Mas, ainda causa um medo de que eles não tenham mais uma boa relação com seu time.
A sindicalização nas Big Techs é uma tendência?
O presidente Biden já deixou em recado que apoia a sindicalização de empresas americanas, ou seja, um grande incentivo. Desse modo, é possível dizer que há chances de o movimento avançar e conquistar cada vez mais espaço.
O que esperar desse movimento nos próximos anos?
É certo que existem várias outras filiais de grandes empresas também em busca dessa mudança. Então, espera-se a ocorrência de novas votações e discussões para aderir ao sindicato. Por fim, é aguardar para ver como as companhias irão reagir.