Talvez você já tenha se deparado com alguns superapps e não percebeu. Mas, não tem problema, essa dúvida será solucionada agora. Então, confira este post e saiba tudo que precisa sobre o assunto que já é uma grande tendência nas atividades online hoje em dia.
O que são os superapps?
Os superapps são aplicativos que se baseiam em sua função principal e assim, misturam vários serviços que parecem não se relacionar, mas que o usuário precisa ou gostaria de ter de qualquer maneira em um só lugar. Imagine um único app que permite que se faça:
- compras;
- pague seu aluguel;
- revise documentos de trabalho;
- recarregue prescrições;
- reserve uma viagem;
- converse com amigos;
- grupos de interesse e empresas.
Parece mais o seu iPhone inteiro do que um único aplicativo, o que em sua essência é. Portanto, eles parecem mais com um sistema operacional do que qualquer software ocidental, com a capacidade de compartilhar selfies divertidas com seus amigos.
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Como os superapps surgiram?
Os superapps foram formados pela primeira vez no mercado chinês de dispositivos móveis digitalmente nativos. Em resumo, esses aplicativos abrangem toda uma gama de serviços, desde entretenimento a mensagens, pagamentos móveis e comércio eletrônico.
WeChat, o primeiro, se tornou um universo para usuários móveis fazerem de tudo, de mensagens a pagamentos. Portanto, ele é uma versão estendida de um app que não tem apenas uma aplicabilidade, mas várias.
Como aplicativos se tornam superapps?
Os superapps, em vez de serem projetados para um caso de uso específico, como apps comuns, incorporam vários usos diferentes. Isso, graças às parcerias de terceiros que permitem a integração de várias ofertas em um único ecossistema.
Em um relatório recente da BPC (Fintech Britânica), eles são vistos como um ativo que captura mais tempo do usuário com sua proposta abrangente. Portanto, cada ação extra feita pela pessoa em seu ambiente pode gerar um valor a mais.
Conforme declarado, eles contêm várias funções e serviços criados com base em atividades valiosas para os usuários em suas vidas cotidianas. Contudo, os recursos a seguir são os mais comuns, confira.
Mídias sociais
O engajamento e o uso são motivados pela mídia social que permite ampliar o público devido às economias de rede. Então, os recursos como mensagens, feeds de ações e promoções exclusivas, criam uma comunidade em torno do app.
E-commerce
Um mercado une compradores e vendedores, assim, permite que eles interajam e negociem em um ambiente simples e consistente.
Os usuários devem poder usar um e-commerce em todas as etapas do processo de compra, sendo assim, desde a navegação nos produtos até o contato com o vendedor e a conclusão dos pagamentos digitais.
Inovação e transações financeiras
A inovação de serviços financeiros permite projetar jornadas com uma experiência de usuário consistente sem sair do aplicativo. No entanto, eles precisam ser capazes de realizar transações financeiras dentro de superapps.
Isso vai desde transferências ponto a ponto, pagamentos de comércio eletrônico e pode até cobrir a quitação de contas de serviços públicos, além de prêmios de seguro. E assim tem-se as fintechs, que estão em ampla expansão.
Transporte
Um tipo mais específico de mercado que conecta motoristas particulares e passageiros para fornecer uma espécie de serviço de táxi, como o Uber oferece.
Ou um aplicativo para entregar não apenas alimentos ou mantimentos, mas também remédios e outros produtos como o iFood.
Quais os superapps mais famosos?
A corrida global dos superapps começou na China, mas hoje se estende para muito além da Ásia, chegando à América Latina e à Índia. Os modelos de negócios diferem especialmente por conta da cultura de cada país. Confira alguns dos mais famosos:
- Paytm;
- Grab;
- Go To;
- iFood;
- Mercado livre.
Supperapps do mundo
Em cada continente tem aquele que se destaca e a Ásia sai na frente. Além de ter sido a precursora no segmento, também traz bons exemplos de grandes apps que tem feito parte do dia a dia de seus usuários.
Paytm da Índia
Com 350 milhões de usuários, 220 milhões de cartões e 60 milhões de contas bancárias, a fintech Paytm é a maior plataforma de pagamentos móveis da Índia. Ela está avaliada em US$ 16 bilhões.
A Paytm inclui no app serviços financeiros, reservas de viagens e hotéis, delivery de comida, compra de passagens de transporte urbano, aquisição de ingressos, games e milhares de mini apps dentro do seu ecossistema.
Grab de Singapura
O Grab começou como um aplicativo focado em viagens de táxi na Malásia, em 2012, mas, moveu sua sede para Singapura. Então, em 2018, foi responsável por tirar o Uber do Sudeste Asiático, comprando suas operações.
O Grab, como outros superapps, permite ao usuário gerenciar boa parte da sua vida. Há opções de:
- transporte por motocicleta (GrabBike);
- carro (GrabCar);
- carona (GrabHitch);
- pagamentos (GrabPay);
- entregas (GrabExpress);
- compras de supermercado (GrabMart).
GoTo da Indonésia
A Go To, que antes era chamada de Gojek da Indonésia, foi lançada em 2010. No início, surgiu para que as pessoas pudessem encontrar e chamar os mototáxis Ojek e assim, facilitar a vida de motoristas e passageiros.
Depois foram incluídos entregas e compras pessoais, pagamentos (GoPay) e streaming de vídeo (GoPlay). Em 2020, os números impressionaram com 11 milhões de lojas parceiras e 2 milhões de motoristas na plataforma.
Mais do que isso, 1,8 bilhões de transações e mais de 100 milhões de usuários ativos mensais. Segundo a companhia, gira o equivalente a 2% do PIB do país.
Em 2021, a Gojek anunciou sua fusão com a fintech especializada em tecnologia de e-commerce Tokopedia, criando o grupo GoTo, o maior grupo de tecnologia da Indonésia integrando então:
- e-commerce;
- serviços on-demand e financeiros.
A empresa, aliás, está avaliada em US$ 22 bilhões. No entanto, ainda quer dominar o mercado de 270 milhões de pessoas da Indonésia.
Quais os supperapps brasileiros em destaque?
Os superapps também são uma tendência no Brasil, assim como na Ásia com inúmeros aplicativos que já são ou estão nesta transição. Portanto, confira alguns deles que dominam o território brasileiro:
- Mercado Livre;
- Inter
- iFood;
- Magalu.
Mercado Livre é considerado um dos superapps?
O gigante argentino do comércio eletrônico, Mercado Livre, já é uma plataforma com marketplace, além disso, serviços de pagamento (Mercado Pago) e de logística (Mercadoenvios). Acima de tudo, tem a ambição de se tornar um ecossistema.
Inter
Antes conhecido como Banco Inter, a empresa passa a se chamar apenas Inter. A mudança de nome reflete uma revolução no modelo de negócios da empresa, que quer ser mais do que uma instituição financeira.
Essa marca afirma que tem como principal objetivo ser uma “plataforma que simplifica a vida das pessoas”. No entanto, os serviços financeiros ainda são o core business da empresa. Agora, conta com cinco operações principais:
- serviços bancários;
- crédito;
- seguros;
- investimentos;
- comércio eletrônico.
Essas operações estão todas juntas no que a empresa chama de “superapps”. No app do Inter, aliás, os usuários podem comprar produtos, reservar hotéis e passagens aéreas, pedir comida e inserir créditos no Uber, além de receber cashback.
O iFood é um supperapp?
Antes, o iFood era apenas uma plataforma de entrega para bares, restaurantes e lanchonetes. No entanto, incluiu entregas de compras de supermercado que poderiam ser feitas através de agendamento.
Com o avanço do mercado e da concorrência, expandiu para o setor financeiro, onde dá a opção de transferir ou guardar dinheiro no próprio app. Também se tornou um banco com o intuito de fazer empréstimos para parceiros.
Magalu é um dos superapps mais famosos?
O app do Magalu começou como uma plataforma de compras online, mas aos poucos passou a oferecer alimentação, moda, higiene e todo um mix de produtos.
Em 2021, por exemplo, criou um método de pagamento próprio que permite não só adquirir itens pelo app, como também fazer transações financeiras.
Os superapps vão dominar o mercado?
Os superapps, sem dúvida, são uma tendência que chegou para ficar e as grandes empresas cada vez mais tentam se adaptar. Um bom exemplo disso é que organizações querem a cada dia ampliar seu ramo de atuação.
O iFood criou seu próprio banco para financiar parceiros e assim, ter mais opções para seus clientes. Ou fintechs que começaram como aplicativos de pagamento e hoje são bancos completos. Então, com o avanço da tecnologia, isso se torna cada vez mais possível.
Quanto mais opção um aplicativo oferecer, mais interessado o cliente vai ficar, ainda mais, se isso facilitar a sua vida. Imagine estar no caminho para casa e com o mesmo app conseguir:
- chamar um táxi;
- pagar contas;
- fazer as compras do mês.
Ficar conectado já faz parte do dia a dia de todos e no futuro é possível que as pessoas sejam capazes de ter absolutamente tudo na palma da mão. Nesse sentido, as empresas que não migrarem para os superapps ficaram para trás.